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domingo, 3 de novembro de 2013

NA CAMA SOB O COMANDO DAS MULHERES

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NA CAMA, SOB O COMANDO DAS MULHERES 
Por Nicéas Romeo Zanchett
                  Sob pressão social e religiosa, a maioria das mulheres cresceu acreditando que eram frias, que moça direita não pensava em prazer sexual, que só as ninfomaníacas e prostitutas cogitavam de tomar iniciativas durante o ato sexual.  Até hoje, na verdade, fortes marcas dessa crença tomam grande parte do tempo nas consultas de psicólogos, analistas, psiquiatras, sexólogos e terapeutas em geral.  Mesmo mulheres jovens  e modernas costumam revelar, no consultório, que ainda se escandalizam com a própria sexualidade. 
                  Felizmente, hoje, os adultos não mais reforçam a velha ideia de que o papel das meninas é ser cortejada pelos meninos. Em consequência, as novas gerações já vão se acostumando com a ideia de que também as meninas têm perfeitas condições de declarar o que sentem, de fazer a proposta de namoro. O passo seguinte se dá na cama, onde a mulher decide o que deseja de seu homem. Essa nova mentalidade vai se consolidando, contornando os obstáculos ainda existentes e firmando a nova mulher com posição mais ativa para o amor. 
                  Já vai longe o tempo em que todas as mulheres  - ou quase todas - se limitavam  a deitar, abrir as pernas e deixar toda a ação amorosa por conta dos homens. Elas, assustadas e ingênuas, pouco ou quase nada sabiam e simplesmente procuravam não atrapalhar o prazer do parceiro. 
                  Hoje, a relação sexual pressupõe que a mulher também tome a iniciativa. Tanto na hora da conquista como no momento do ato sexual, um número cada vez maior de "belas e frágeis" se recusa ao antigo papel de passividade completa, automática. Embora ainda existam os machistas atrasados no tempo, a maioria dos homens não se queixa. Pelo contrário, até preferem essa divertida divisão de tarefas na hora do sexo. 
                  Os que reclamam, na verdade, sentem alguma nostalgia dos tempos em que a mulher simplesmente pertencia e servia ao homem. Por incrível que pareça, em certas regiões do mundo, mulheres e homens de mentalidade atrasada vivem assim, acomodados a uma rotina cujo prazer é apenas o gozo final que ele consegue o mais rápido possível. 
                  A revolução sexual das últimas décadas, especialmente nas cidades e entre pessoas mais bem informadas, conseguiu sepultar os conceitos desumanos que prevaleciam na vida dos casais. Durante longo tempo não se supunha que a mulher pudesse ter alguma satisfação. Era exatamente o oposto: estava preestabelecido que o jogo do sexo reservava alegrias e gozos só para o homem. A mulher, se quisesse atingir um orgasmo, tinha que recorrer a outros métodos como a masturbação ou com alguma amiga na mesma situação. 
                  Algumas, mais ousadas, até conseguiam desafiar a sociedade nos braços de um amante secreto.  
                  Durante séculos e séculos, milhões de mulheres passaram a vida inteira sem conhecer a menor alegria nos seus contatos sexuais. Muitas estiveram grávidas a maior parte da vida sexualmente ativa. Eram verdadeiras escravas mantidas para o prazer dos homens e a procriação. Não sem razão, essas mulheres simplesmente odiavam qualquer ideia relacionada com o sexo.  Para elas era uma atividade que, na prática, só significava mais bebês e mais trabalho. 
                   Ainda hoje, existem homens perplexos com a nova mulher que o tempo fez surgir. Imaginam que tudo é de sua responsabilidade, pois ele é que tem o pênis e a ereção depende da sua vontade.  Logo, não se pode ter uma relação sexual apenas quando e como a mulher deseja. Muitos até se sentem pressionados e impossibilitados de cumprir a sua parte diante de uma mulher ativa. 
                   Tanto para o homem  como para a mulher, a manifestação recíproca da sexualidade só faz aumentar a auto-estima e a autoconfiança. 
                 O homem moderno, com mente aberta, sente-se feliz em perceber que sua mulher - ou noiva, ou namorada - demonstra a atração física que tem por ele. Por sua vez, a mulher sente-se livre e sem barreiras para manifestar sua sexualidade. 
                  Para a mulher, muito provavelmente, a maior vantagem em assumir o controle do ato sexual está em poder criar o cenário mais satisfatório para ambos desfrutarem do prazer que o sexo pode proporcionar. Mesmo quando a mulher está feliz com sua vida amorosa, surgem ocasiões em que ela deseja um tipo específico de estímulo erótico - ainda que isso signifique usar seu parceiro como objeto sexual.  
                  Ao contrário do que se poderia supor, os homens adoram servir como objeto dos prazeres de suas parceiras. Nessas situações em que a mulher assume o comando da ação, elas acabam escolhendo a posição que mais lhes agrada. Por cima, por baixo, de lado, pela frente ou por trás, cada mulher - assim como qualquer homem - tem a posição que mais lhe dá prazer. Para o homem, que deseja sempre agradar  sua parceira, essas ocasiões até permitem liberar, sem nenhuma diminuição em sua virilidade, fantasias passivas - um certo prazer  oculto, nunca confessado, em desempenhar o papel passivo do ato sexual, sem receio de parecer efeminado ou homossexual. 
                   Quando são levadas a abrir a alma, as  mulheres, começam falando do prazer e excitação que sentem ao comandar a relação sexual. Sentem-se poderosas e com forte sensação de dominadoras, de poderem até estuprar os seus parceiros. No mundo da fantasia, tudo é possível a aceitável. 
                 Não se pode negar que muitos homens ocultam a fantasia de serem possuídos, e também mulheres que ocultam a fantasia de estuprar seus parceiros. Esses exemplares, naturalmente, constituem extremos, embora existam em proporções significativas. 

                  Para o prazer total, sem culpas nem barreiras, vale a regra geral da sensatez. Juntos devem abrir caminhos para descobrir o que mais dá prazer e o que mais desagrada a cada um. 
Nicéas Romeo Zanchett 

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2 comentários:

  1. o sexo sempre foi e e uma forma de unir mais e mais o casal entre quatro paredes tudo vale - nunca a meu ver nunca sera obejeto e imoralidade faz parte entre um casal que se amam de verdade. e e uma maneira muito sadia entre um homem e uma mulher. se torna imoral qdo e feito de ma fe e sem ser seguro para a saude de ambos. qto a prostituiçao isso ai e outra coisa

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    1. Obrigado pela visita. Fico feliz em saber que ainda lê e gosta do que escrevo.

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