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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

ASSUMINDO A PRÓPRIA SEXUALIDADE


ASSUMINDO A PRÓPRIA SEXUALIDADE 
Por Nicéas Romeo Zanchett 

                    Já vai longe o tempo em que as pessoas, principalmente os jovens, reprimiam sua vontade de novas experiências sexuais. Hoje existe muita abertura para as mais diversas formas de experiências, inclusive a homossexual. Essa abertura para experimentações tornou-se um traço marcante do comportamento jovem, tanto na questão heterossexual como homossexual.  São transformações bem visíveis, principalmente entre as garotas na faixa de 13 a 17 anos. Elas já não sentem inibição para testar, por exemplo, o beijo sensual entre amigas. Vale observar que essa atitude não significa que sejam ou venham a ser necessariamente lésbicas. Na verdade elas encaram o fato como uma forma de demonstrar liberdade e ausência de preconceito. Os jovens  de hoje não tem a menor dificuldade em assumir o hábito de "ficar" com diversas pessoas durante uma balada, coisa que seria inaceitável há alguns anos. Mesmo aqueles que não participam desta diversão, não se incomodam com a visão de pessoas do mesmo sexo se beijando. 

                 Uma pesquisa recente, feita pelo DATAGLS com mais de 10 mil homossexuais brasileiros, mostrou que eles estão se assumindo mais cedo. O censo indicou que 73% dos gays entrevistados se assumiram antes dos 24 anos de idade. O estudo apresenta ainda os surpreendentes números dos Estados Unidos que demonstram que a idade média em que as pessoas se dão conta dos desejos homossexuais (ou assumem para si mesmos) caiu nas últimas décadas. Na década de 60 ela era de 14 anos para os meninos e 17 para as meninas. Nos anos 90 passou a ser de apenas 10 anos para os meninos e 12 para as meninas. 

                    Os adolescentes de hoje não se sentem embaraçados pela ambiguidade sexual. O habitual uso de categorias sexuais para separar, isolar ou discriminar a sexualidade está diminuindo de maneira acelerada. Para muitos, ser rotulados de gay não tem muita importância. Cada vez mais, os adolescentes se redefinem e reinterpretam sua sexualidade de tal forma que possuir uma identidade gay, lésbica ou bissexual praticamente não tem nenhum significado. Estamos diante uma nova visão naturalizada da sexualidade humana. 

                   As mudanças em direção a uma maior aceitação da diversidade sexual estão em andamento e não há volta. As atitudes negativas em relação à homossexualidade ainda terão eco por muito tempo, mas são contrabalanceadas pela percepção de que é cada vez mais custoso manter de pé velhas barreiras. Constatar e compreender não equivale a incentivar novas opções sexuais, mas não se pode, de forma alguma, ignorar que esta mudança veio para ficar. 
                  O importante é sempre lembrar que acima de tudo está o amor que é o único bem que pode salvar a humanidade. 
Nicéas Romeo Zanchett 
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