Sexo oral pode ou não ser prova de amor?
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Muitos consideram que a felação ou o cunnilingus é a maior prova de amor e maturidade erótica dos parceiros. Eu diria que cada caso é um caso.
A verdade é que o estímulo buco-lingual do órgão sexual masculino ou feminino ainda é um grande tabu. Mesmo entre os que admitem o sexo-oral há restrições quanto - no caso masculino - à ejaculação no ato. É um tabu de origem religiosa, sem dúvida: o Papa Pio V condenava à morte os culpados, também eram deserdados de seus emblemas civis e da sucessão segundo o direito romano. Tabu de ordem moral também, pois era considerado mau exemplo dado por prostitutas e homossexuais. Na prática a questão é vista de outra forma: muitas pessoas sentem repulsa pelas secreções de uma outra pele; pelas mucosidades de um outro corpo. Mas a verdade é que o erotismo é capaz de vencer a repugnância, fazendo com que os parceiros descubram a poesia que há na troca de substâncias de um corpo para outro. A felação assim como o cunnilingus (estimulação feita pelo homem na mulher), é a vitória do amor sobre a repulsa. A maturidade erótica nada mais é do que a adaptação perfeita aos gostos do parceiro. Assim sendo, se uma mulher rejeita essa prática, deve ser respeitada. A harmonia sexual de um casal acontece de forma natural e aos poucos. O amor é um jogo sutil que não admite pressões nem exige bravuras. Não há porque alguém sentir-se rejeitado ou exigir provas de maturidade erótica; quando há amor e harmonia, o sexo acaba acontecendo naturalmente e como se deseja.
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Nicéas Romeo Zanchett
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