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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O SEXO E A GRAVIDEZ - Por Nicéas Romeo Zanchett


O SEXO E A GRAVIDEZ 
Por Nicéas Romeo Zanchett 
                   Durante o período da gravidez, a sexualidade e o relacionamento de um casal podem ser perturbados por diversos fatores físicos e psicológicos. Se o relacionamento não for de boa qualidade, a vida amorosa tende a ficar temporariamente prejudicada. 
                   Muitas pessoas imaginam que a mulher grávida não sente vontade de sexo. As atenções de parentes e amigos são todas dirigidas para a criança que vai nascer e isto pode afetar, emocionalmente e sexualmente, tanto a mãe como o seu parceiro. É importante salientar que durante a gravidez, a mãe transmite todos os sentimentos ao embrião que está crescendo em seu útero e, portanto, se ela estiver infeliz, a criança absorverá essa tristeza. Quando existe receio de um aborto nos primeiros meses de gravidez - principalmente quando isso já ocorreu antes - a mulher fica psicologicamente perturbada e sem disposição para o sexo. Com essa preocupação, ela não consegue descontrair o suficiente para entregar-se ao amor. Por sua vez, o homem  pode absorver essa preocupação e achar que o ato sexual representa um perigo para o andamento natural da gravidez. Quando isto acontece, o casal evita até uma simples carícia, temendo que isso provoque excitação sexual.  
                    A Mulher grávida geralmente engorda muito e perde, temporariamente, parte de seus encantos. Daí surge uma espécie de medo de rejeição por parte do parceiro. Algumas, apesar de ficarem enormes, ainda conservam a beleza e o charme originais. Os peitos crescem, ficam volumosos e os mamilos escurecem, e isto é uma forma de erotismo que atrai muitos homens.  Está comprovado que a maioria dos homens acha suas parceiras ainda mais atraentes quando estão grávidas, principalmente quando eles participam e acompanham ativamente o desenvolvimento do feto.  
                    Durante a gravidez o desejo sexual da mulher varia tanto quanto seu humor. Isto precisa ser compreendido e respeitado pelo parceiro.   
                    Na primeira gravidez, em geral, as mulheres sentem-se menos interessadas em fazer sexo nos primeiros três meses. É uma faze de ajustamentos psicológicos com certa ansiedade sobre o nascimento do primeiro filho. Nesse período acontecem os conhecidos enjoos, cansaços e insônias que a deixam sem disposição para a prática sexual. Entretanto, quem já teve filhos consegue passar por esta faze com naturalidade e raramente sente indisposições ou falta de desejo. Muitas vezes os afazeres domésticos e/ou o trabalho externo a deixam muito cansada e, portanto, sem vontade de fazer amor. É importante que o parceiro colabore para que ela não fique sobrecarregada de afazeres. Uma oportunidade para o homem aprender lavar a louça e cuidar da casa.
                     Em geral, no segundo semestre da gravidez o impulso sexual da mulher aumenta. Algumas chegam a ter maior interesse por sexo do que antes da gravidez. Por outro lado, existem mulheres que no final da gravidez sentem fortes dores nas costas e tem muita azia que, naturalmente, afastam qualquer desejo.  
                      Tanto para a futura mamãe como para o futuro papai, é importante  que haja envolvimento conjunto desde o início da gravidez. O homem deve participar das diversas etapas e acompanhar as transformações do corpo de sua parceira, levando com ela uma vida normal, tal como faziam antes, inclusive tendo relações sexuais até quando isso for confortável para ambos. 
                      Na maioria dos casos não existe restrição alguma em manter relações sexuais, mas é sempre conveniente conversar com o médico para receber orientações adequadas. Cada caso tem suas próprias características que justificam a importância dessas orientações. 
                     Os períodos que compreendem os primeiros três meses e os três últimos devem receber mais atenção. Observar se existe algum sangramento e sempre comunicar ao médico. Nos últimos meses é preciso mais cuidados, pois podem ocorrer sangramentos ocasionais pela pressão do pênis sobre o bebê que estará com a cabeça na altura da pélvis e voltada para a saída. 
                     Algumas vezes, após o nascimento do bebê, a vagina perde seu tônus muscular. Isso é facilmente resolvido com orientação médica e com exercícios que consiste em tensionar a bacia e os músculos da região. É preciso ter em mente que não se trata de nada absurdo. Ao contrário, faz parte da preparação que a vagina teve para um parto natural. 
                     O retorno à atividade sexual costumeira deve ser gradativo e suave. O homem precisa ter sensibilidade para perceber o quanto é possível avançar. 
                     Se a mulher foi submetida a uma episiotomia (incisão na região do períneo, entre o ânus e a vagina), sofreu algum rasgão ou se sente muito dolorida, podem optar por fazer amor sem penetração, pelo menos nas primeiras vezes. Também é aconselhável o uso de géis lubrificantes. A escolha da posição mais adequada, também pode ajudar, principalmente aquelas em que possibilitam menor penetração. Uma coisa indispensável é sempre procurar a orientação do seu médico de confiança.  
                    O corpo humano tem enorme capacidade de recuperação e logo tudo volta ao normal, permitindo que o casal retome suas relações como antes. 
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Nicéas Romeo Zanchett 
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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

RESERVE TEMPO PARA O AMOR


RESERVE TEMPO PARA O AMOR 
Por Nicéas Romeo Zanchett 
                Vivemos dias de muita agitação, medo e angústias. Fica difícil estabelecer um equilíbrio entre o que damos e o que recebemos. O tempo passa e não aproveitamos. Se casamos, temos filhos, tédio e a pergunta inevitável: será que isso mesmo que deveríamos ter feito? Nessas ocasiões sonhamos com outra vida e até com outro parceiro. Se não casamos, vivemos insatisfeitos com a nossa solidão. Imaginamos que o casamento poderia resolver tudo, mas o medo sempre está presente e fazendo perguntas que não sabemos responder. 
                 A verdade é que não sabemos aproveitar o que as inúmeras possibilidades de viver feliz nos oferecem. Temos medo de nos entregar, do ridículo, da rejeição, do arrependimento e assim ficamos sofrendo por antecipação. 
                 Amar pode ser muito simples e ao mesmo tempo muito complicado. 
                 Se construímos uma vida cheia de obrigações, acabaremos tendo um comportamento amoroso ao nível do necessário e do dever, e isto é péssimo. 
                 Precisamos perder o medo de ter prazer. O prazer da vida a dois é um direito que temos de redescobrir a tempo. 
                  A vida sexual se ressente muito com os deveres do dia-a-dia. Sem sentir, caminhamos para a mediocridade e o tédio. Aos poucos desaprendemos a qualidade de ter vontade de fazer coisas que gostamos pelo simples prazer, e não pelo que elas representam a longo prazo. 
                   Ser feliz é, antes de tudo, saber amar para ser amado. Deixar de se preocupar com o medo de ser ridículo, infantil e fazer tudo o que dá prazer e que, muitas vezes, ficou esquecido no tempo. Vamos juntos sentir o sol, a natureza, o perfume das flores e o som do mar. 
                   O relacionamento amoroso é uma permanente descoberta. Mas, para que as melhores descobertas aconteçam, precisamos perder o medo de julgamentos e até do que pensa o próprio parceiro. É esse receio que nos faz permanecer parados, imobilizados na rotina. A rotina de anos iguais nos faz esquecer as nossas vontades. Chega um momento em que é preciso mudar para voltar a viver. Nunca devemos nos convencer de que nossos desejos secretos são criancices  que devemos manter apenas na fantasia.  
                   Muitas vezes é preciso um choque radical para redescobrirmos as paixões adormecidas. Parar a rotina e reencontrar a vontade de descobrir novos caminhos. Aquela capacidade que todos perdemos na medida em que nos tornamos adultos e somos engolidos pelas responsabilidades. O novo sempre exige ousadia. É preciso ser explorador do mundo e da vida, em casa ou fora dela. No amor, no trabalho e até no relacionamento com os outros, existem possibilidades de viver que nunca se esgotam. Cada um deve descobrir o que é melhor para si e, "porque não", para seu parceiro ou parceira. Não existem bulas padronizadas e só você poderá descobrir novas maneiras de viver o amor que é só seu. 
Nicéas Romeo Zanchett 
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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

SER GAY NÃO É UMA OPÇÃO - Por Nicéas Romeo Zanchett


SER GAY NÃO É UMA OPÇÃO 
Por Nicéas Romeo Zanchett 
                      O desejo por pessoas do mesmo sexo não é uma opção, e também  não é uma doença, como já se pensou no passado não muito remoto. 
                      A homossexualidade teve sua condenação porque toda a manifestação sexual sem fins reprodutivos foi, e ainda é, severamente censurada. A religião sempre exerceu grande papel castrador no negativismo sexual. 
                     Ainda que nossa sociedade já tenha evoluído, quando falamos sobre homossexualidade, ela se apresenta homofóbica e tende  julgar os gays como promíscuos.
                     Deveríamos começar a educar as crianças para aprender a respeitar a diversidade sexual. Cada um deveria fazer um mergulho dentro de si mesmo e rever conceitos e medos para tentar entender o outro. O amor nunca deveria incomodar, mas as pessoas insistem em sempre opinar e interferir negativamente. A hipocrisia, a mentira e a falta de respeito pelo próximo são mais poderosos. 

                    Já na pré puberdade, meninos e meninas percebem que o "normal" seria interessar-se pelo xexo oposto, mas muitos se veem diferentes e ficam infelizes, sem saber ao certo o que está acontecendo. É uma fase da vida em que o corpo sofre grandes transformações e muitos se sentem sozinhos e rejeitados, sem forças para enfrentar a avalanche de preconceitos. Os pais deveriam aprender a ouvir os filhos e estarem sempre por perto para ajudá-los nessa difícil caminhada. Deveriam olhar para eles como indivíduos singulares  que vivem numa sociedade em permanente  evolução e transformação. Não deveriam sentir medo de que seu filho se torne gay só porque é amigo de gay. Alguém pode  até se espelhar no outro para contar sua verdadeira orientação sexual, mas isso é algo que no seu íntimo sempre existiu. 
                     Às vezes o próprio homossexual é homofóbico. Isto geralmente acontece pela dificuldade que temos de extinguir anos de negativismo. Muitos, pelo medo de perder o amor e respeito das pessoas, acabam tendo uma vida dupla. Mas, ainda que haja  grande medo da revelação, viver dessa forma é viver uma mentir que não faz bem a ninguém. A coragem de contar que é gay mostra que não aceita viver mentindo. As reações dependem do ambiente, da história de vida e de como a própria pessoa se aceitou.
                     Exite grande dificuldade para escolher o melhor momento da revelação. Na maioria das vezes a própria pessoa precisa de um tempo para se auto-aceitar. Os pais, mesmo que tenham um bom nível cultural, também podem não conseguir aceitar tudo de uma hora para outra. Muitos se chocam, e passam por um momento de grande desgaste emocional.  Eles precisarão aprender com os filhos o que acontece em eles. É muto natural que os pais tenham seu sonho de ser avós e uma revelação repentina como essa representa a perda definitiva das projeções que fizeram durante anos a fio. É preciso paciência pois o processo de assimilação pode demorar muito tempo. Mas sempre, a melhor maneira de fazer isso é despir-se de conceitos pré-estabelecidos e ir em frente sem medo. 
                    Muitos pais se sentem culpados imaginando que fracassaram na educação. É comum ouvir a pergunta: onde foi que arramos? Ora, não há culpados, como também não há erros. Ninguém escolhe ser gau. Trata-se de uma formação hormonal    diferente, cujas origens remontam à formação que cada um teve ainda no útero. Portanto, não é lógico procurar culpados.
                    Existem pais assimilam a orientação sexual dos filhos, mas se preocupam  com o preconceito social que possam vir a sofrer, já que ser minoria numa sociedade cheia de mentiras e hipocrisia, é se sentir marginalizado. Outros optam  por negar tal condição como uma forma de proteger-se das mudanças. Há também aqueles que entram em pânico e vão logo procurar apoio psicoterápico. Nesse caso a psicologia é direcionada para auxiliar  no caminho para a auto-estima e a auto-afirmação. 
                    É importante que os pais saibam  que a orientação sexual de seus filhos não é uma forma de afrontá-los; que nunca existem culpados e que ninguém fez nada de errado. Precisam perceber que o seus filhos continuam  sendo os mesmo, que nada mudou em relação ao seu amor.  Só agindo assim é que conseguirão continuar participando da vida deles. Nunca se deve esquecer que o amor é a mais poderosa arma que existe. Sempre vai vencer.
Existem muitas maneiras de amar e se sentir amado; para ser feliz é preciso alinhar os sentimentos com a sexualidade. 
Nicéas Romeo Zanchett 
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terça-feira, 8 de outubro de 2013

AMOR E BISSEXUALIDADE - Por Nicéas Romeo Zanchett



AMOR E BISSEXUALIDADE 
Por Nicéas Romeo Zanchett 
                 A finalidade do amor não é a procriação. 
                 Uma mulher pode ter muita tesão pelo marido, e com ele chegar a múltiplos orgasmos, mas, ao mesmo tempo, ter um profundo sentimento de amor por uma amiga. O amor é algo muito especial e sublime, devendo sempre ser respeitado e compreendido. 
                  O fenômeno erótico é antecessor da sexualidade. Ele é fruto  da origem da vida que teve sua primeira forma unicelular. A sexualização é apenas uma das formas de dualização da vida. A união sexual é uma das maneiras de compensar a dualidade e de reconstruir  unidade. Esta análise nos leva a perceber que o amor não se confunde com a sexualidade nem com o instinto de procriação. 
                   A atração dos sexos opostos é apenas uma das modalidades de algo bem mais amplo; uma forma de se libertar da diferenciação, particularização e fragmentação, para reconstituir uma indistinção perdida ao longo de bilhões de anos.
                   Freud em sua última definição do ato sexual disse: "uma agressão que busca a união mais íntima". Ele já considerava a bissexualidade essencial do homem quando disse: "habituo-me a considerar todo o ato sexual como um acontecimento envolvendo quatro pessoas". Também Jung identifica no psiquismo humano uma tendência a reconstruir um estado de coexistência do masculino e do feminino. Ambos apontavam o tema bissexualidade como algo de caráter científico. De forma que temos de pensar na bissexualidade pela perspectiva evolucionista. O homem se sente incompleto e busca no oposto sua forma original. Ele é, portanto, um instinto físico e não amoroso. A sexualidade é a separação e união, antagonismo e atração. Aí está todo o mistério da atração dos opostos. 
                  Para compreendermos melhor a bissexualidade devemos, necessariamente, voltar às primeiras fases da vida embrionária. O embrião conhece a princípio um estado de indiferenciação sexual com um único órgão, que lembra o ovotéstis. Ao assumir o sexo masculino ou feminino, este órgão desenvolve a parte central chamada medular, ou sua zona periférica chamada cortical.  A direção dada a esta diferenciação é feita sob o controle dos hormônios. Durante todo o seu crescimento, o embrião desenvolve uns e não os outros, resultando nas formas sexuais masculinas ou femininas. Entretanto, mesmo ao final de sua formação e definição sexual, ficam as atrofias dos órgãos do sexo sacrificado. Esta admirável metamorfose do aparelho genital pouco a pouco se sexualiza, desenvolvendo no homem uma espécie de botão (pênis) e na mulher um orifício (vagina). Assim, podemos dizer que a mulher é o prolongamento do homem e vive-versa.
                  A teoria dos hormônios, dá uma base científica à hipótese de uma bissexualidade permanente, embora flutuante, da espécie humana. As secreções que asseguram a  sexualização do embrião são as mesmas que determinam a do adulto. Todo o indivíduo segrega, ao mesmo tempo, hormônios masculinos e femininos. O que se pode dizer é que os machos produzem mais andrógenos do que estrógenos, mas esta proporção  está sujeita a variações. Além disso a estrutura química dos hormônios é susceptível a mudanças.  Mesmo no indivíduo adulto, os hormônios apresentam uma certa flutuação entre os sexos. É esta função reguladora dos hormônios que gera uma potencialidade sexual dupla e comprova, de maneira evidente, a bissexualidade do homem. Sabemos que os hormônios não apenas controlam o desenvolvimento e o comportamento fisiológico dos sexos, como também o comportamento psicológico. 
                  O psiquismo humano depende intimamente da oscilação do equilíbrio hormonal. Uma simples injeção de hormônios femininos  desenvolve glândulas mamárias e amor materno no homem. 
                  Quando falamos da união ente homem e mulher nos vem logo a ideia de procriação, mas, na maioria dos casos, ela é evitada utilizando-se dos mais diversos meios contraceptivos hoje existentes. São incontáveis os casos de pessoas que se unem sem objetivo de fecundação. Seria um grave erro, considerar estas uniões como desprovidas de sentido. Existem casos excepcionais em que elas significam uma verdadeira fecundação espiritual que, nessa condição, substitui plenamente a outra. Para compreender e interpretar esses uniões devemos recorrer ao esquema biológico a partir do esquema celular. Os hormônios são uma prova de que a união se realiza em níveis diferentes. Esta escala comporta virtualidades infinitas, que vão desde a simples fecundação ovular à fecundação do coração, da imaginação e das fantasias da mente. Do cego apetite sexual à consciência da união unificante pelo simples amor. 
                   A descoberta dos hormônios justifica a interpretação do amor sexual. Estas secreções sustentam a hipótese de uma continuidade entre o físico e o moral, mas também entre o corpo e a alma, a matéria e o espírito. 
                   A representação do sexo como resultado de um simples conflito entre os campos de força masculina e feminina é a mesma da bipolaridade que, de certa forma, consiste na dualização de nossa natureza. 
                   O amor é um fenômeno da indução e do magnetismo. Tanto o sexo como o amor não perdem seu mistério pela fato de o analisarmos sob os olhos da química e da biologia. Ao contrário, nos leva a meditar sobre a verdadeira noção deste mistério. O tabu das religiões tradicionais está, aos poucos, sendo substituído pela ideia do mistério que envolve a união entre duas pessoas. A evolução procede às custas de um certo racionalismo e a ciência procura seguir o caminho mais exemplar para explicar o sexo e o amor, tendo consciência de que muito ainda é inexplicável. 
Nicéas Romeo Zanchett 
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