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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

RESERVE TEMPO PARA O AMOR


RESERVE TEMPO PARA O AMOR 
Por Nicéas Romeo Zanchett 
                Vivemos dias de muita agitação, medo e angústias. Fica difícil estabelecer um equilíbrio entre o que damos e o que recebemos. O tempo passa e não aproveitamos. Se casamos, temos filhos, tédio e a pergunta inevitável: será que isso mesmo que deveríamos ter feito? Nessas ocasiões sonhamos com outra vida e até com outro parceiro. Se não casamos, vivemos insatisfeitos com a nossa solidão. Imaginamos que o casamento poderia resolver tudo, mas o medo sempre está presente e fazendo perguntas que não sabemos responder. 
                 A verdade é que não sabemos aproveitar o que as inúmeras possibilidades de viver feliz nos oferecem. Temos medo de nos entregar, do ridículo, da rejeição, do arrependimento e assim ficamos sofrendo por antecipação. 
                 Amar pode ser muito simples e ao mesmo tempo muito complicado. 
                 Se construímos uma vida cheia de obrigações, acabaremos tendo um comportamento amoroso ao nível do necessário e do dever, e isto é péssimo. 
                 Precisamos perder o medo de ter prazer. O prazer da vida a dois é um direito que temos de redescobrir a tempo. 
                  A vida sexual se ressente muito com os deveres do dia-a-dia. Sem sentir, caminhamos para a mediocridade e o tédio. Aos poucos desaprendemos a qualidade de ter vontade de fazer coisas que gostamos pelo simples prazer, e não pelo que elas representam a longo prazo. 
                   Ser feliz é, antes de tudo, saber amar para ser amado. Deixar de se preocupar com o medo de ser ridículo, infantil e fazer tudo o que dá prazer e que, muitas vezes, ficou esquecido no tempo. Vamos juntos sentir o sol, a natureza, o perfume das flores e o som do mar. 
                   O relacionamento amoroso é uma permanente descoberta. Mas, para que as melhores descobertas aconteçam, precisamos perder o medo de julgamentos e até do que pensa o próprio parceiro. É esse receio que nos faz permanecer parados, imobilizados na rotina. A rotina de anos iguais nos faz esquecer as nossas vontades. Chega um momento em que é preciso mudar para voltar a viver. Nunca devemos nos convencer de que nossos desejos secretos são criancices  que devemos manter apenas na fantasia.  
                   Muitas vezes é preciso um choque radical para redescobrirmos as paixões adormecidas. Parar a rotina e reencontrar a vontade de descobrir novos caminhos. Aquela capacidade que todos perdemos na medida em que nos tornamos adultos e somos engolidos pelas responsabilidades. O novo sempre exige ousadia. É preciso ser explorador do mundo e da vida, em casa ou fora dela. No amor, no trabalho e até no relacionamento com os outros, existem possibilidades de viver que nunca se esgotam. Cada um deve descobrir o que é melhor para si e, "porque não", para seu parceiro ou parceira. Não existem bulas padronizadas e só você poderá descobrir novas maneiras de viver o amor que é só seu. 
Nicéas Romeo Zanchett 
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