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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

A CAMA É O PALCO DO AMOR


A cama potencializa o prazer do casal
               Nossos antepassados faziam amor em cima de um monte de folhas secas. Esse hábito era muito usado nos países frios. Outra solução utilizada nos congelantes quartos era cavar um buraco, encher de cinzas quentes. Imaginem como ficava o corpo dos amantes. O pior vinha depois, uma vez que o banho era no riacho frio.
                Os egípcios foram os primeiros a criar camas parecidas com as que hoje usamos. Era um estrado de madeira sobre quatro pés. Mas elas não eram utilizadas unicamente para descansar e fazer amor; serviam também para colocar defuntos nos funerais. 
                Para os romanos, elas serviam ainda para degustar deliciosas refeições com muitas frutas e vinho. Daí a origem dos famosos banquetes romanos, que eram oferecidos aos amigos e visitantes na própria cama. 
                Até o final do século XIV as camas eram enormes e nelas dormiam várias pessoas de ambos os sexos. Fala-se que haviam camas onde cabiam nada menos do que 50 pessoas. Isso não quer dizer que se tratava de uma suruba; tinham a finalidade única de descansar e dormir. 
                Foi no século XV que apareceram, pela primeira vez, os leitos individuais, mas mesmo assim com dimensões que podiam comportar toda a família. 
                 Com o passar do tempo as camas foram diminuindo de tamanho e ganharam novo "design". No Egito foram criados os modelos bem leves e elegantes. As armações geralmente representavam o corpo de um animal. A cama grega era simples e tradicional, enquanto a romana apresentava adornos de bronze, marfim e casco de tartaruga. 
                 Na Idade Média surgiu a cama da justiça. Tratava-se do leito do rei da França. Todas as manhãs, nobres, cortesões e príncipes, se reuniam em torno dela para assistir o despertar do rei (lever du roi). Cada um dos pucha-saco se posicionava em lugar estratégico, onde melhor pudesse acompanhar as espreguiçadas do poderoso. Os príncipes sentavam-se em banquinhos, os altos oficiais ficavam em pé e a plebe ajoelhada. Esse estranho ritual repetiu-se por vários séculos. 
                  Com as mudanças dos costumes sociais, a cama deixou de ser o centro das atenções e passou a ser usada com finalidades mais nobres, semelhantes às atuais. 
                   Finalmente, no século XX, se concretizou como peça-símbolo da intimidade. Em nossos dias atingiu seu apogeu com colchões de ar, de molas, de espumas, vibratórias e até aquáticas. Tornou-se o lugar preferido dos amantes, onde tudo acontece com o maior conforto e intimidade. 
                   Os amantes podem até de gostar das tradicionais transas dentro do carro, no lombo de um cavalo, na areia da praia deserta, encostados num poste ou até de baixo de uma árvore. Mas ninguém suporta estas aventuras por muito tempo e acaba sempre se rendendo à velha e boa cama macia e quentinha,
                    Nos últimos tempos a cama passou a ser o móvel preferido dos casais e uma das maiores preocupações dos noivos na hora de escolher o enxoval.  Surgiram tantos acessórios que a tornaram fonte extra de prazer. As camas com som, vibradores, dispositivos giratórios, luzes especiais e painéis embutidos deixaram de ser luxo apenas de motéis para fazer parte da vida diária de muitos casais.
Nicéas Romeo Zanchett 

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