Minha lista de blogs

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

COMPETIÇÃO E HOMOSSEXUALISMO



          O machismo pode ser uma forma inconsciente de camuflar a tendência homossexual não aceita. 
           A competição entre os homens é ancestral. Segundo estudos, o homem primitivo, mesmo antes de descobrir como iniciar o fogo, já tinha o habito de apagar as chamas de combustão espontânea, urinando sobre elas. Para Freud este foi talvez, o fato mais extraordinário e sem precedente na história evolutiva. 
            O estudo sobre a "impossível felicidade humana e  civilização" com o nome de "O Mal-estar na Civilização", em nota ao pé da página, nos informa a estranha mania de Freud em atribuir ao homem primitivo o costume de apagar o fogo  com jatos de urina. 
             Esta relação entre urina e fogo - constatável em mitos e lendas - é interpretada como uma tendência homossexual universal da espécie e, portanto, da cultura. Na verdade, urinar sobre as chamas nada mais seria do que uma espécie de disputa, que reflete as maiores ansiedades de todo o homem, sobre quem seria mais potente e teria o maior pênis. Tais ansiedades decorrem da secreta crença - que surge na consciência com misto de medo e desejo - de que quem tiver o pênis maior vai sempre poder apossar-se dos outros anatomicamente menos dotados. Por essa razão inconsciente é que os homens nunca se sentem plenamente satisfeitos e seguros quanto ao tamanho do pênis e também à sua potência sexual. 
              Já na mais antiga pré-história, o homem primitivo via as línguas de fogo que se erguiam, como pênis eretos, e urinar sobre elas, como nos explica Freud, era uma forma de gozo sexual com um indivíduo do mesmo sexo. Um gozo de potência sexual numa competição homossexual. Essa é a interpretação freudiana. Uma conclusão capaz de desagradar feministas e machistas. 
               Partindo dessa premissa, a mais antiga tentação do macho é disputar com seus iguais. O gozo é poder subjugá-lo numa luta corporal ou em outra qualquer competição. A preferência por competições corporais entre iguais, com fins recreativos, nada mais é do que uma forma inconsciente de sentir prazer no corpo a corpo camuflando a tendência homossexual não aceita. A vitória, no club fechado de machos viris, é o troféu que prova sua superioridade sobre seu igual, onde a mulher não tem vez e nem mesmo condições de participar. 
               Para muitos homens a masculinidade ainda se afirma pelo vigor físico e sexual. Como na Grécia antiga, as academias estão cheias de machos modulando e cultuando o próprio corpo, mas essa forma de exibicionismo é mais direcionada aos amigos do mesmo sexo do que às mulheres. É a forma moderna de sentir-se superior ao seu igual. Entretanto esse modelo de homem que dessa forma exibe sua virilidade e potencial sexualidade está diminuindo. São hábitos ancestrais que etão sendo suprimidos pela evolução humana.
               Para sorte das mulheres um novo homem está surgindo. É aquele que dá mais valor ao próprio cérebro para vencer na vida; é menos egoísta nos relacionamentos e se preocupa cada vez mais com o bem estar da companheira. Para as mulheres foi uma longa espera, mas finalmente os homens estão mudando seus comportamentos. Hoje não é mais nenhuma novidade a divisão de tarefas domésticas entre parceiros - coisa que ainda é inconcebível para os machistas de plantão. As mudanças são visíveis, não apenas no que diz respeito ao relacionamento amoroso, mas também na forma de se cuidar e se vestir. 
               O sonho de consumo das mulheres de todo o mundo é uma vida familiar harmonizada e um relacionamento prazeroso com seu parceiro. Elas consideram que isso é mais importante, para a qualidade de vida, do que as preocupações puramente sexuais ou materiais. É o reflexo da nova mulher que está mais independente e que sabe exatamente o que quer. 
Nicéas Romeo Zanchett 

           

Nenhum comentário:

Postar um comentário