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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

ORGASMO NA TERCEIRA IDADE




CAPITULO XIII


ORGASMO NA TERCEIRA IDADE
            Quando a mulher chega à terceira idade, os problemas mais importantes para alcançar a satisfação sexual são sociais e físicos. Entre os primeiros destaca-se a oportunidade de fazer sexo e disponibilidade de um parceiro.
            Na nossa sociedade, para homens e mulheres que chegam à terceira idade, há um padrão diferente na prática sexual. Homens com 60 anos ainda são considerados interessantes para uma nova união. Já o mesmo não acontece com as mulheres que, não tendo parceiro fixo, encontram dificuldades para desenvolver uma nova parceria sexual.
            A mulher entre 41 e 50 anos, que é saudável e tem parceiro fixo, pode ter uma vida sexual mais intensa que nas faixas anteriores. Algumas pesquisas indicam que nessa faixa de idade o índice mensal é de 12 a 14 vezes. Essas mulheres, que geralmente ainda não entraram na menopausa, são mais realizadas sexual e afetivamente. É que o triângulo hormonal que comanda o orgasmo - composto por hormônios: estrogênio, progesterona e testosterona - fica mais ativo e a mulher conhece melhor seu corpo, sabe o que quer e já perdeu inibições comuns na primeira etapa da vida sexual. Outro fator é que acima dos 40 anos a mulher geralmente já está com a vida profissional estabilizada e busca satisfazer suas necessidades sensoriais de forma objetiva. Nessa condição o orgasmo vem mais rápido e é mais longo. Já no período de 51 a 60 anos o índice cai para oito vezes, em média. A principal causa da redução da freqüência é devido à menopausa, que provoca transformações hormonais profundas. No entanto, se a mulher toma remédios para garantir o equilíbrio hormonial, pode atravessar a menopausa com vida sexual ativa, no mesmo rítmo anterior.
              Para as mulheres na terceira idade, que não tem parceiro fixo, a falta de oportunidade pode ser somada a um sentimento de inferioridade resultante do envelhecimento do corpo. Essas mulheres tendem a restringir sua vida sexual por se sentirem embaraçadas ou envergonhadas com seu aspecto físico. Se sentem menos atraentes e incapazes de consquistar um parceiro, gerando assim conflitos emocionais. Elas podem ainda estar muito ligadas à beleza física anterior. Esse sentimento acaba sendo reforçado cruelmente pelo comportamento sexual mais livre das jovens e por preconceitos, ainda existentes, que se referem com desprezo às mulheres mais velhas que buscam uma natural satistação sexual. Outro problema está nas dificuldades físicas que, hoje com o progresso da medicina, podem facilmente serem removidas. Com o avançar da idade as partes da vagina se tornam mais finas e surge o ressecamento do muco que normalmente as lubrificam. Com isso a relação pode se tornar dolorosa quando da penetração do pênis. E, depois da relação, a mulher pode ter uma sensação de ardência causada pela irritação da bexiga e da uretra. O orgasmo também poderá ser complicado por contrações dolorosas do útero. Entretanto, apesar das alterações na menopausa, ela não perde a capacidade de sentir desejo nem a capacidade orgástica, podendo até sentir múltiplos orgasmos.
               A maioria dos homens com mais de 60 anos diminuem drasticamente a freqüência sexual. Esta é a idade da "descida da serra". Mesmo com os atuais avanços da medicina, ele perde o interesse sexual pela parceira e se aquieta. A intensidade do ato sexual pode ser mantida, mas a freqüência inevitavelmente diminui. À medida que envelhece, o homem tem reduzida sua capacidade de ter ereções e, quando as tem, chega ao orgasmo mais depressa. Os problemas como ansiedade, depressão e cansaço - que normalmente já dificultam ou impedem a ereção em qualquer idade -, nos homens a partir dos 50 anos, adiciona-se outras doenças como disturbios cardíacos, renais e do fígado, diabetes, disfunções hormonais e desequilíbrios provocados por certos tipos de medicamentos e cirurgias como a remoção da próstata - em caso de tumor. O homem, mesmo impotente, pode ficar sexualmente excitado e desejar realizar o ato, mas seu pênis não fica ereto. Isto pode acontecer tanto no início da relação, quando da penetração, como durante o ato sexual, quando não consegue mantê-la. É bem verdade que hoje existem as tais pílulas milagrosas que resolvem, mas é bom lembrar que um homem com problemas de saúde sem sempre poderá usá-las.
                É importante salientar que a impotência não significa o fim da vida sexual. De forma geral, ela resulta do temor quanto à qualidade e ao desempenho sexual. Cada caso pode ter um dianóstico diferente quando dado por um profissional habilitado. Muitas vezes o melhor resultado, para o homem na teceira idade, pode ser conseguido com uma bela mulher mais jovem. Este é o remédio mais procurado e que tem dado bons resultados para "solteiros" maduros.
              Quero lembrar que quem tem orgasmos freqüentes envelhece mais devagar. No período da menopausa, a reposição hormonal com reforço de sais minerais, garante a manutenção da libido e evita dores vaginais, dificuldade em atingir o orgasmo, depressão, calores, apatia e outros sintomas. Além da medicação, ministrada por profissional habilitado, os exercícios fisicos, sem exagero, podem ajudar muito na manutenção de uma boa saúde, que é indispensável a todos.
              Sem vida sexual, a mulher tende a perder a cintura, os glúteos caem, os seios despencam e o bom humor acaba virando uma calamidade. Portanto, procure seu médico de confiança e seja bem sincera que assim ele poderá ajudá-la.

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domingo, 25 de setembro de 2011

SEXO ORAL - O PRAZER DE DAR PRAZER





CAPITULO XII



SEXO ORAL - O PRAZER DE DAR PRAZER

                  A prática do sexo oral é mais comum do que se imagina. Com a liberação sexual das mulheres elas passaram a exigir este prazer e muitos homens ainda não estão preparados para retribuir.
                  Na hora do sexo, nunca devemos subestimar o poder de uma língua. Os homens confiam
demais no próprio pênis. Imaginam que seu "grande instrumento" é tudo o que as mulheres precisam para ter prazer. Estão muito enganados.
                  O mundo moderno e a liberação sexual feminina está acabando com uma série de tabus que prejudicavam as mulheres. Ja se foi o tempo em que elas davam todo o tipo de prazer para os homens e depois se contentavam apenas com uma rápida penetração que nada mais era do que o complemento do prazer do parceiro. Aos poucos as mulheres foram se soltando e já não aceitam mais as regras criadas pelos homens e vão buscar o prazer que lhes é negado. Fazem elas muito bem em não mais aceitar mais aquele protótipo de homem que goza, vira para o lado e dorme. Elas merecem total e completa retribuição.
                 O desejo pelo prazer é igual tanto no homem como na mulher. Assim como ele gosta que lhe faça carinho e lhe chupe o pênis, ela também gosta e tem os mesmos direitos.
                  A mulher é a obra mais bela e perfeita que Deus criou. Ela precisa e merece toda a atenção, aconchego, carinho e ternura que seu parceiro pode e deve lhe dar. Não existe mulher fria e sim mulher sem oportunidade e mal amada. Todas elas podem atingir o máximo de prazer se sua relação com o parceiro ou parceira for bem conduzida.
                   Sexo não é apenas penetração. Envolve sim uma entrega total, sem pudor, sem preconceitos e principalmente com muito carinho e aconchego. 
                   Porque mulheres bem femininas e absolutamente realizadas preferem outras mulheres? A resposta é simples: porque nós homens não estamos a altura de uma mulher na hora do carinho, atenção, ternura e principalmente das preliminares e do sexo oral.               
                  O contato físico é uma necessidade biológica que trazemos desde a infância. Mas existe uma diferença básica entre a sexualidade de homens e mulheres. A natureza fez os homens com respostas sexuais mais rápidas, instigadas pelos hormônios masculinos. Já o hormônios femininos provocam na mulher uma resposta física mais lenta e é por isso que elas precisam de mais tempo para atingir o gozo pleno e satisfatório. Daí a importância das preliminares e do sexo oral serem feitos com prazer e sem pressa. A maioria dos homens dão uma rápida "lambidinha" no clitóris e acham que foi um grande feito. Fazem isto como se estivessem cumprindo um ritual ou uma etapa de sua obrigação. Sexo se faz por amor, paixão e por prazer, mas nunca por obrigação.
                  Sexo oral prazeroso é uma arte que não se aprende da noite para o dia. Somente a prática leva à perfeição. Em primeiro lugar é preciso gostar e ter total confiança na parceira. Sem isto nenhum homem ou mulher conseguirá levá-la ao êxtase supremo.
                  A mulher que quer o carinho de uma língua precisa saber alguns detalhes muito importantes: 1 - Higiene - Nada mais desagradável e broxante do que uma boceta com cheiro de bacalhau estragado; 2 - Perfume - A mulher não deve usar perfume em demasia ou exageradamente forte. Muitas tem tanto medo do mau cheiro que parecem transformar a boceta num frasco de perfume francês. Se quer perfumá-la use com moderação e bem suave. Nunca se deve esquecer que o cheiro natural da fêmea é que desperta a tesão no macho; 3 - Comunicação - Nunca esconder o que está sentindo na hora do ato sexual. É pelas expressões e gemidos que se pode identificar o que mais dá prazer à parceira.
                   O mundo moderno habituou os homens a uma permanente corrida contra o tempo. Na hora do amor a primeira coisa a fazer é "tirar o pé do acelerador". Sem isto o prazer do homem pode se transformar numa enorme frustração para a mulher.
                    Se uma mulher está transando às escondidas com uma amiga, isto não quer dizer que já não gosta mais do seu parceiro. Na verdade ela está apenas buscando o prazer que lhe falta com alguém que sabe lhe dar. Quando duas pessoas se dão prazer sem prejudicar ninguém, não há porque censurá-las. Cada um é dono do seu corpo e sabe o que é melhor para si.
                    O homem que realmente gosta de sexo oral sente prazer e fica excitado com o cheiro e o prazer da parceira. Fazer sexo oral como se estivesse cumprindo uma obrigação é um desastre que só traz desconforto para ambos e por isso é fundamental gostar ou aprender a gostar. Homem que é homem de verdade gosta de mulher em todos os sentidos.
                    Tudo pode começar com um carinho, um beijo, um abraço apertado e depois um banho a dois. Parceiros sexuais ensaboados, na banheira ou em baixo do chuveiro trocando carícias é algo maravilhoso. Não deixe nunca que a pressa estrague seu prazer.
                     A pele é o maior órgão do corpo e é cheia de terminais nervosos capazes de provocar incríveis sensações ao toque certo na hora certa. É um campo enorme a ser explorado por ambos os parceiros. Antes de chegar ao clitóris viaje com a boca e a língua por todas as partes do corpo da sua parceira. Se tiver habilidade pode até presenteá-la com uma sensual massagem. Isto vai desinibi-la, relaxá-la e prepará-la para um orgasmo intenso e prazeroso.
                    Sem nenhuma pressa posicione sua cabeça entre as pernas da sua parceira e toque os grandes lábios com a língua e depois comece acariciar lentamente os pequenos lábios e a entrada da vagina. Acaricie suavemente o clitóris intercalando a ponta de língua e a parte de baixo dela que é lisinha, suave e capaz de levar muitas mulheres ao delírio de tanto prazer.
                    Chupar o clitóris é algo que muitas mulheres adoram e outras detestam, talvez devido à sua grande sensibilidade. Cabe a você prestar atenção para detectar o que dá ou não prazer à sua parceira. São muitas as variações possíveis: suaves mordidelas nos grandes lábios; suaves chupadas nos pequenos lábios; penetração com a língua; lambidinhas no clitóris, além de tantas outras formas que podem ser de acordo com o gosto e a criatividade de cada um. 
                    Muitas mulheres vão ao delírio com um simples toque da ponta da língua no ponto entre a boceta e o anus. Algumas gostam de ser penetradas com um dedo ou outro objeto no anus enquanto estão sendo chupadas, outras não suportam esta prática. Com tantas possibilidades, cabe ao parceiro ficar atento aos sinais emitidos por ela e assim será possível dar o máximo de prazer e evitar o que não agrada e lhe é broxante. Ficando atento aos sinais evita-se também mudar repentinamente a carícia que está dando prazer. É esta mudança indevida e na hora errada que muitas vezes impede a parceira de atingir um orgasmo satisfatório.
                    Muito cuidado com o clitóris pois ele é extremamente sensível. Segundo estudos de especialistas ele tem o dobro de terminações nervosas que o pênis.
                    Quando a mulher empurrar ou segurar sua cabeça tentando impedir o toque, pare imediatamente. Este é o sinal de que está satisfeita ou precisa de um tempo. Insistir é torturante e indesejável.
                     Tal como a penetração, o sexo oral deve ser praticado com segurança. O pênis tem como proteção a camisinha que, no caso de sexo oral e para maior conforto, deve ser sem lubrificante. Para as bocetas existe lencinhos de latex que são finíssimos e encontrados em sex-shop. Na falta de lencinhos o brasileiro, que é criativo, tem utilizado filmes de PVC que todos costumam ter em casa. Estes filmes são finíssimos, resistentes e facilmente encontrados em supermercados, pois são utilizado para embalar alimentos perecíveis. Atualmente já existem finíssimas calcinhas protetoras que são apropriadas para o sexo oral com segurança. Elas são encontradas nas lojas sex-shops.
                      Nunca se deve esquecer que também o sexo oral pode transmitir doenças graves.
                      Para finalizar, um conselho aos machistas: Não confie e nem deixe toda a responsabilidade para seu pênis. As mulheres estão exigentes, sabem o que querem e como conseguir. Para muitas delas o pênis é apenas um instrumento de procriação.
Nicéas Romeo Zanchett
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sábado, 24 de setembro de 2011

NOSSOS SONHOS ERÓTICOS

Pintura de Romeo Zanchett 





CAPITULO XI


NOSSOS SONHOS ERÓTICOS

                    Mesmo depois de Freud revolucionar a psicanálise e o pensamento simbólico com seu livro "A Interpretação dos Sonhos", seu caráter premonitório continuou vivo nas mais diversas culturas.
                    No Brasil os aficionados do jogo costumam acreditar que recebem sinais do além, enquanto dormem, indicando o vencedor do dia seguinte.
                    Na Grécia antiga, registraram-se muitas referências a deuses que se comunicavam através de símbolos oníricos para anunciar tragédias e pestes. O templo de Delfos tinha o seu oráculo constantemente procurado por seguidores em busca de decifrações de seus sonhos. Artemiro (adivinhador de Éfeso - Grécia - sec. II) entendia que nos sonhos reside a chave de todos os mistérios da vida. Ele recolheu em texto uma série de símbolos oníricos interpretados, e esta foi a fonte maior em que Freud bebeu ao estudar, pela primeira vez e à luz da psicanálise, os sonhos.
                    Hipócrates via o sonho como "a liberação da alma". Ele acreditava que dormindo era capaz de perceber melhor as doenças e por isso sonhava diagnósticos.
                    Também os faraós egípcios não desprezavam as características premonitórias do sonho.
                     Uma tribo da Malásia Central, estudada pelo antropólogo Kilton Stuart em 1935 tinha um curioso hábito: Todas as manhãs as famílias se reuniam para contar os sonhos. O pai, a mãe e os filhos, todos faziam seus relatos e juntos interpretavam os sonhos da noite. Quando uma das crianças contava um pesadelo interrompido, o pai ensinava-a a não interrompê-lo mais.
                     Como vimos, cada cultura ou civilização desenvolveu uma maneira própria de decifrar os sonhos.
                     Para Freud, "o sonho é a realização de um desejo". Na sua teoria da libido parece colocar no sexo todos os segredos do inconsciente humano. Mas ele contestava essa interpretação dizendo que a palavra desejo nem sempre tem a ver com a sexualidade. Explicava que o sonho pode também realizar a fome ou a sede. Dada a discriminação sócio-cultural contra a sexualidade, é inegável a maior participação das pressões originadas das áreas sexuais. "O sonho é a estrada real para o inconsciente". É assim que via a questão onírica. E observava dois conteúdos consideráveis no sonho: o conteúdo manifesto (o sonho, tal como é relatado) e o conteúdo latente ( o sentido oculto que justifica a análise interpretativa).
                     Curiosamente Freud afirmava que o sonho existe para possibilitar o sono. Ou seja, os desejos reprimidos são, geralmente, fatores de insônia. O desejo é perturbador, gera ansiedades e então vem o sono e o realiza pelo sonho. Após o sonho, podemos dormir tranqüilos e realizados.
                     A teoria freudiana do desejo se deparou com o obstáculo chamado pesadelo. Então ele explica que pode ser uma falha parcial no trabalho de elaboração do sonho, ou é conseqüência de desejos que o "ego" não aceita. Seria um conflito entre o desejo e a autocensura. A autocensura pode ser observada claramente na prática. Se sonhamos objetivamente com uma relação sexual, o sonho se interrompe antes ou no momento do orgasmo. Mesmo os sonhos acompanhados de poluções noturnas, geralmente não chegam ao gozo e o sonhador acorda no momento de gozar, ou até um pouco antes.
                     A ciência que estuda o fenômeno do sono já provou que 98% dos sonhos eróticos de que lembramos não provocam nenhuma reação física emissora de líquido orgástico. As poluções noturnas existem de fato, mas são acontecimentos típicos de adolescentes que ocorrem nos dois a três anos após o início da puberdade. O fato é explicado pela vitalidade da virilidade nascente, que provoca emissões de esperma durante as ereções noturnas. Já no homem maduro também podem ocorrer poluções noturnas, só que raramente. Todo o homem tem de 3 a 7 ereções por noite, independente da vontade ou de qualquer erotização. Isso se deve à hipersensibilidade dos sistemas nervosos autônomos durante as fases do sono onde ocorre a ereção. Esta hipersensibilidade acaba por desaparecer quando a vida sexual entra em processo de regularidade. A mulher também pode experimentar orgasmos durante o sono, mas são mais raros.
                     A parapsicologia vê os sonhos com amplas possibilidades de interpretação, que vão desde um desvendamento do inconsciente até a premonição ou telepatia. Segundo a parapsicologia o sonho é uma porta aberta para um estado superior de consciência. É durante o sono e com o corpo fisico em perfeito descanso que entra em ação o corpo etéreo. Esse corpo, que tem as mesmas dimensões do físico, mas é mais leve, está justamente entre o primeiro (físico) e o corpo astral que é mais leve e volátil (quase como a alma de que falam algumas religiões), que é a não matéria. Segundo esta teoria, o corpo etéreo pertence a um outro mundo, o mundo superior - inascessível à percepção comum dos sentidos humanos.
                      Hoje a parapsicologia é cada vez mais ciência e menos interpretação. Experiências parapsicológicas da maior importância já chegaram a fotografar o corpo etéreo. Em muitas lendas árabes e indianas acontece de uma mesma pessoa estar em dois lugares ao mesmo tempo. Pode ser em duas cidade ou dois países distantes. A eubiose explica este fenômeno através do corpo etéreo que, por alguns momentos, em um estado de adiantada evolução, deixa o corpo físico e posteriormente volta a habitá-lo. É portanto, o corpo etéreo que percebe e informa ao corpo físico coisas que escapam à percepção deste último. Nossos pensamentos, inspirações, memórias sutis, visões telepáticas, presságios.
                     Dentro da psicanálise, Carl Jung e depois Freud, foram os cientistas que mais discutiram o sonho e sua linguagem simbólica. Jung não desprezou as interpretações populares e nem as paranormais. Para ele o sonho é um diálogo interior, onde se manifesta uma multiplicidade de instintos: fantasias, desejos, experiências irracionais, visões telepáticas, profecias. Jung analisava o inconsciente coletivo a partir do primeiro homem. Ele dizia que a memória do homem é arcaica; que ele sabe de certas coisas, mas não sabe que sabe; que lembra, mas não sabe que lembra, e assim tudo acaba em sonhos.


Tenha bons sonhos! 
Nicéas Romeo Zanchett 
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com/

SEXO NA ADOLESCÊNCIA



CAPITULO X

SEXO NA ADOLESCÊNCIA

               Como tudo na vida, para ser bem feito é preciso aprender. O sexo também precisa ser aprendido e entendido para melhor aproveitá-lo ao longo da jornada a dois.
              Em nossos dias é muito comum, entre jovens adolescentes, serem considerados quadrados aqueles que não praticam relações sexuais. Nesta fase da vida, é muito importante que os pais saibam orientar seus filhos. Fazer sexo apenas porque os coleguinhas fazem, ou deixar de fazê-lo por repressão dos pais pode resultar num início sexual catastrótico. A adolescência é uma fase muito bonita da vida. É o momento em que os jovens descobrem o amor e a paixão. Seria injusto interferir neste momento que é só deles. Mas isto não quer dizer que os pais ou responsáveis não precisem orientar e ficar atentos.
               Vivemos numa época em que muitos pais, que se dizem moderninhos, foram muito reprimidos durante a juventude e agora querem evitar esse tipo de repressão aos filhos. Mas é preciso tomar muito cuidado porque a modernidade do mundo trouxe consigo o aumento da violência. Soltar um adolescente de 15 anos, seja ele masculino ou feminino, e permitir que chegue em casa às 3 horas da madrugada é quase um abandono.
                Muitos pais chegam a estimular a iniciação sexual dos filhos fornecendo-lhes pilulas - sem receita - e camisinhas, além de criar facilidades para seus encontros amorosos. Na verdade eles não precisam desse estímulo, pois estão cheios de energia vital e se sentem muito podrosos. O que eles realmente precisam é de informação verdadeira e sem rodeios. Acho desnecessário explicar aos pais como se faz para transar, pois é exatamente isso que eles querem saber. Portanto não se esquive e explique tudo detalhadamente. Como usar a camisinha, os cuidados para que não se rompa, os riscos de uma gravidez indesejada e também sobre as doenças sexualmente transmissíveis. No caso das meninas, é mais confortável para elas que a mãe lhes oriente. Um bom começo é levá-la a um ginecologista para uma consulta. Juntos, médico e mãe, podem dar boas orientações sem o impecílio do constrangimento.
                 A maioria dos pais não se preocupa com os filhos homens, mas sentem-se apavorados com a indéia da filha perdendo a virgindade. Talvez porque na filha a perda da virgindade esteja ligada ao rompimento de um pedaço de pele existente na vagina que se chama hímem. Mas na verdade o hímem pode romper-se de outras maneiras e também porque nem sempre ocorre na primeira relação. Também existem os hímens que são complacentes - aqueles que muitas vezes nunca se rompem - que apenas se dilatam para permitir a passagem do pênis.
                  Os pais precisam compreender que os filhos homens também começam suas vidas virgens. Tal como as meninas, eles ficam inseguros e até envergonhados e preocupados com o que irá acontecer naquele momento crucial.
                  A adolescência é uma fase da vida em que grandes mudanças biológicas ocorrem. Algumas meninas se tornam moças mais cedo, outras mais tarde. Tudo depende de quando uma parte do cérebro chamada hipotálamo - produtor de hormônios - começa a funcionar. Ele atua diretamente sobre os ovários da menina e estes começam a liberar um óvulo por mês do estoque cuja quantidade já está definida e um dia vai acabar. Isto irá ocorrer quando a menina, que se tornou mulher, chegar à menopausa. A primeira menstruação ocorre geralmente entre 12 e 14 anos. Já no menino, quase homem, aparecem os primeiros fios de barba, surgem algumas espinhas - acne - e o corpo vai se avolumando com os ombros ficando largos e os braço e pernas grossos e musculosos. É o despertar do hipotálamo. Em breve os testículos começarão a produzir espermatozóides pelo resto da vida. Portanto, diferentemente das meninas, não há limitação na produção de espermatozóides.
                  A ejaculação e a menstruação são sinais visíveis de que a puberdade começou. É a fase em que o adolescente já está em condições de procriar. Mas para tornarem-se adultos sexualmente realizados é preciso que atravessem com segurança e orientação suas etapas naturais da idade.
                  Para praticar qualquer atividade sexual é preciso que o próprio adolescente sinta que aquele momento chegou, e é para este momento que ele precisa estar preparado. Aprender a se relacionar com o próprio corpo sem medo é uma etapa importante que nem todo o adulto - principalmente as mulheres - venceu com naturalidade.
                   Conhecendo a si próprio, fica mais fácil saber sobre as outras pessoas e facilita fazer amizade com o sexo oposto. A masturbação, tanto para os meninos como para as meninas, é uma prática saudável que em muito ajuda no conhecimento do próprio corpo. É um habito muito natural que na adolescência se torna uma espécie de treinamento para a vida sexual adulta.
                   O namoro é uma excelente forma de se preparar para a primeira relação sexual. No abraçar, beijar, tocar-se mutuamente - inclusive nas partes mais íntimas - ajuda muito a aprender excitar-se sem fazer sexo. Dessa forma os jovens descobrem o que lhes pode dar mais prazer nos jogos amorosos. É um tempo maravilhoso, mas muitos pais impedem que seus filhos curtam saudavelmente esta etapa.
                    Para se ter uma vida sexual adulta plena e satisfatória é muito importante que os jovens descubram que fazer amor é uma troca de prazeres entre duas pessoas e não algo que um faz para dar prazer ao outro.
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Nicéas Romeo Zanchett 

O DIFÍCIL ORGASMO FEMININO




CAPITULO IX


O DIFÍCIL ORGASMO FEMININO


         A revolução sexual e a pílula anticoncepcional, que deram liberdade às mulheres, já são assuntos do passado. A mulher evoluiu, ganhou o mercado de trabalho e equiparou-se intelectualmente ao homem. Apesar disso os problemas sexuais femininos estão longe do ideal de igualdade.
                 Embora a maioria das pessoas oculte socialmente seus problemas sexuais, a verdade é que, para muitos, a ausência de prazer nos jogos amorosos é motivo de frustração e vergonha.
                 Apesar de todo o avanço da ciência, o universo interior feminino com todas as suas riquezas, continua sendo um continente misterioso. Freud deu-lhe o nome de "Continente Negro". Os homens, mesmo sob as amarras do machismo, passam a vida toda tentando compreender e conquistar essas adoráveis criaturas, mas tudo o que conseguem é apenas tangenciar suas superfícies.
                 De forma genérica, o homem tem um condicionamento mais genitalizado que o favorece com respostas sexuais mais rápidas. Já as mulheres são muito diferentes. Seu rítimo é mais demorado e elas necessitam de estímulos mais fortes como carícias e elogios. Mas isso é muito diferente de uma disfunção.
                 São muitos os estudos, nas últimas décadas, que tratam do orgasmo feminino. O mais famoso deles, liderado por Edward Laumann, da Universidade de Chicago, concluiu que apenas 29% das mulheres se dizem capazes de atingir o orgasmo com seus parceiros. Mesmo para as mulheres que o conseguem, é bem mais difícil pela via penetração do que por estimulação do clitóris. Muitas passam a vida inteira sem ter um único orgasmo pela penetração.
                 Quando existe amor existe preocupação de ambas as partes pela busca do prazer mútuo. Num relacionamento o sexo tende a melhorar com o tempo, mas para que isso aconteça é preciso que a mulher mostre do que gosta. Muitas não o fazem porque tem medo de ofender seus parceiros. Uma forma simples é direcionar o parceiro para as partes do corpo que lhe dão mais prazer. Quando a mulher não assume o seu "não-gozo" está sendo cúmplice do problema que a frustra. Orgasmo tem muito a vem com a situação do momento, estado de espírito e condições de saúde. O "não-orgasmo" tem a ver também com problemas domésticos, cansaço físico, problemas financeiros. Nessas horas não deve ser atribuído à incompetência de um ou do outro. Essas questões influenciam e é preciso perceber e conversar para que não vire um problemão. Na verdade os homens querem a igualdade de orgasmo. Para eles fazer a mulher gozar é motivo de orgulho. Todo o homem acha que é bom o suficiente para fazer uma mulher ter ótimos orgasmo e é muito frustrante quando ela não chega ao gozo. Isto acontece pelo próprio machismo que ainda é muito forte. Mais frustrante ainda é quando ele percebe que a parceira fingiu. Fingir orgasmo é muito comum entre as mulheres, mas não é legal.
               Ao contrário dos homens, as mulheres precisam aprender a ter orgasmos e com carinho é mais fácil criar clima para chegar a esse prazer. O homem, geralmente, não tem conhecimento disso e quando tem, não dá muita importância. Isso é parte da natureza masculina. A mulher não deve se condicionar só às vontades do homem como se fosse apenas um receptáculo de esperma. 
               A sensação de prazer sexual é mental e, portanto, está localizada no cérebro. Os órgãos sexuais são apenas instrumentos que viabilizam. Durante o ato sexual, os órgãos e o cerebro dos dois parceiros trocam informações nervosas e substâncias químicas. É preciso se deixar levar por essas sensações para atingir o orgasmo.
                 Muitas mulheres, por não gozarem, pensam que são frígidas. As causas orgânicas da frigidez são raras e, apesar de toda a fantasia que povoa a imaginação, orgasmo continua sendo simplesmente fricção. Por essa razão é mais fácil, para elas, ter orgasmos clitorianos e isso elas podem conseguir com masturbação e até com amigas intimas. Talvez seja esse o motivo porque muitos estudiosos consideram que existem mais mulheres homossexuais do que frígidas. A frieza das descrições científicas sobre o assunto traz, para muitas mulheres, uma espécie de contraste da própria frigidez e isto não é bom porque deixa de ser observada a existência de um orgasmo menos objetivo, proveniente da união de duas pessoas ligadas pelo amor, pela existência em comum, por seu projeto de ser feliz e, portanto, por seus gestos não técnicos.
                 Tanto no casamento como fora dele, sexo não deve ser feito por obrigação. Quando isso não é observado e levado a sério, a repressão da mulher se transforma em repressão da libido. A repressão sexual direta é uma forma complementar de se reprimir a sexualidade feminina. No entanto, as formas indiretas são muito mais poderosas e uma das mais comuns é a infantilização da mulher. Isto acontece quando ela é condicionada a permanecer criança nas áreas afetiva, psíquica e intelectual. Sendo reprimida como pessoa, a mulher não ousará lançar-se a fundo na própria sexualidade. Isso explica porque durante décadas elas tiveram e continuam tendo dificuldades orgásticas. Muitas mulheres, mesmo não sabendo, guardam no seu interior uma revolta e indignação silenciosa pelo homem que a subjuga. O ressentimento costuma se concentrar na pessoa do marido. Vai daí as razões porque, mesmo bem casadas e com vida confortável, elas só conseguem vencer a barreira do orgasmo com outro homem que não seja o seu.
                  Outro problema são os contatos físicos e emocionais desastrosos do início da vida. Diferentemente do homem, que também sofre este tipo de problema, a mulher tem mais dificuldade de cicatrizar a ferida original. O homem, mesmo ferido, prosseguirá na luta em busca do prazer, enquanto a mulher manterá sua cicatriz do passado sangrando e isto a deixará anêmica como pessoas e como mulher.
                   Existe um mito sobre o pai puritano e repressivo com as filhas e avançado e liberal com os filhos homens. A educação dada ensina a mulher a reprimir os anseios, as fantasias, e o próprio corpo. Orgasmo é uma vivência de prazer e quando não lhe é permitido ser tocada, não conhecerá essas sensações. É claro que isso ajuda a dificultar o orgasmo para ambos os sexos. Também há o mito das mulheres criadas em colégio de freira, mas isso por si só não explica as dificuldades orgásticas das mulheres. Muitas delas, filhas de família ultraconservadoras que receberam rígida formação religiosas em colégios de freiras, não deixam de ser plenamente desabrochadas como mulher. A criação repressiva só é capaz de explicar dificuldades orgásticas passageiras, superadas depois de algum tempo.
                  Outra questão é quando a mulher é reprimida por tabus como o homossexualismo feminino. Ela é reprimida em seus desejos íntimos e buscam homens quando, na verdade, seu desejo profundo é por mulheres.Os problemas culturais, que transmitem os tabus de geração para geração, identificam o sexo como uma coisa suja e pervertida. O preconceito de tempos atrás se traduz hoje num grande conflito.Embora não se tenha uma estatística confiável a respeito, sabe-se que pelo menos uns trinta por cento de mulheres consideradas frígidas estão nessa situação. Portanto não há frigidez e sim repressão à sexualidade.
                  É preciso compreender que o orgasmo feminino é variado e elaborado, podendo chegar a infinitudes de que o homem nem suspeita. Aqui chegamos ao ponto para explicar que o melhor orgasmo de algumas mulheres pode ser o "não-orgasmo", o puro amor de duas vidas que se encontram. O mistério feminino costuma ser mistério para as próprias mulheres. Muitas pessoas não sabem que o orgasmo transcende o prazer, que existe prazer sem orgasmo que muitas vezes é bem maior que o próprio orgasmo em si.
                 Entre os vários tipos de orgasmo feminino, o mais superficial é o clitoriano que nem sempre é associado a outro que ele mesmo prepara: o orgasmo vaginal. Este é mais amplo e voluptuoso, embora menos profundo e penetrante.
                  Nem sempre uma boa relação amorosa tem que culminar em orgasmo. Quando se pensa num bom momento da transa, geralmente, não é o orgasmo que vem à memória e sim a tesão, o suor, a respiração ofegante, os gemidos, o toque de pele. Portanto, é o pré-orgasmo que marca na nossa memória o que foi melhor no encontro de dois corpos.
                  A ditadura do orgasmo continua presente na cabeça de muitas pessoas e isso causa muita angústia desnecessária. Gozar pode ser maravilhoso, mas nem sempre é fundamental. Sexo é muito mais que isso. Entre toda a beleza do encontro o orgasmo passa a ser apenas um detalhe que para uns é importante, mas para outros não.

Nicéas Romeo Zanchett
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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A MULHER MADURA E SEDUTORA




CAPITULO VIII


A MULHER MADURA E SEDUTORA

                A mulher madura é mais completa sexualmente, a começar pelos toques mais íntimos que conduz com muita maestria. Sua experiência proporciona um prazer maior ao homem porque sabe transmitir exatamente o que sente. Transa como se estivesse ensaiada com o parceiro. Ela se entrega ao máximo, proporcionando um orgasmo mais intenso e gostoso.
               Com o passar dos anos a mulher se sente mais segura de suas próprias paixões e dá mais espaço à sua criatividade. Ela passa a ter plena sabedora sobre seu corpo e consegue oferecer um repertório amoroso especial. A própria modificação de seu corpo cria uma sensualidade peculiar. Os anos de experiência fazem bem em todos os sentidos. Ela tem autoconfiança, sabe exatamente o que lhe dá prazer e transa da maneira que deseja, sem se preocupar em descobrir o que é bom ou ruim no sexo.
               É bem verdade que existem mulheres maduras com dificuldades de entregar-se plenamente ao amor. Na maioria das vezes isto ocorre devido a relacionamentos anteriores mal sucedidos. Nesses casos a experiência da mulher foi prejudicada pelos relacionamentos e nada tem a ver com a sua idade. Muitos homens costumam ser extremante machistas na cama e acabam inibindo as habilidades criativas da parceira.
               Ao contrário da mulher madura, as ninfetas de nossos dias estão mais preocupadas com o exibicionismo de seus corpos do que com o prazer que o sexo pode proporcionar. Basta dar um giro pelas praias, bares, boates e shoppings para encontrá-las com umbiguinhos de fora, calças apertadas na bunda e sacudindo os peitos cheios de silicone. Parecem travestizinhos narcisistas em exposição. A preocupação com o exibicionismo é tanta que chegam a descambar para o perigoso terreno da cafonice. São verdadeiras adoradoras de etiquetas. Qualquer uma serve, desde que esteja na moda e seja comentada nas rodas de amigos. Todo esse mau gosto é resultado de uma mídia que inibe o consciente individual. Os mais prejudicados com essa onda de ninfetas impostas pela mídia são os homens que se deixam levar pela publicidade. Esses coitados, de tão massacrados, talvez já nem sejam mais capazes de identificar uma verdadeira fêmea com F maiúsculo.
               A mulher madura sabe que o bom sexo é uma via de mão dupla onde, para receber é preciso dar. O sexo mais prazeroso vem da troca de carícias e afagos, sem a preocupação com medos e pudores que só prejudicam e até podem inviabilizar o prazer.
Nicéas Romeo Zanchett 


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O ÁLCOOL E O SEXO








CAPITULO VII




O ÁLCOOL E O SEXO
                   Vem da antiguidade a ideia das orgias sexuais em conseqüência às orgias gastronômicas, onde o álcool era grandemente consumido. Na prática, um wisquezinho antes pode descontrair e levar a um papo mais franco, o que sem dúvida é um bom começo para um encontro amoroso. Mas a timidez e a ansiedade não podem depender do álcool para serem eliminadas. Quando surge o afeto a intimidade brota naturalmente.
                   Os falsos deprimidos muitas vezes escondem dependentes de álcool que camuflam seu alcoolismo pela necessidade de um estímulo à boa performance. Na verdade, não é nada conveniente misturar-se o álcool ao sexo. Além do estratagema, pode manter uma distância entre o casal de amantes. O parceiro alcoolizado jamais se revela por inteiro; faz amor dopado e sem usufruir conscientemente a plenitude da relação. Além disso o alcoolismo pode levar à impotência.
                   O álcool é o estimulante mais antigo e divulgado. Ingerido em demasia torna impossível a concentração psíquica necessária à consumação do ato sexual. Em pequenas doses atua sobre o sistema nervoso central e o vegetativo dilatando os vasos sanguíneos. Ele deprime certos centros encefálicos, determinando assim um efeito desinibitório. Sua ação erógena vem daí. Absorvido em quantidades normais elimina, em ambos os sexos, as inibições psíquicas e mentais além de fomentar, pela dilatação dos vasos sanguíneos, a congestão das zonas sexuais excitáveis. Dessa forma o álcool aumenta o apetite sexual. Quando bebido com moderação, produz a congestão do órgão sexual masculino e com isso sua ereção. Entretanto, quanto mais se eleva o nível de álcool no sangue, tanto mais avesso ele se torna ao amor sexual. O álcool em demasia na corrente sanguínea torna impossível a concentração psíquica necessária à consumação do ato sexual. As pessoas alcoolizadas, em meio às relações amorosas, adormecem facilmente.
                   Não há qualquer fundamento científico na afirmação de que crianças deformadas, física e mentalmente, são produtos de relações sexuais em estado de embriaguez. Para que aconteça a blastofteria - alteração hereditária dos genes que causa o nascimento de crianças heredopatológicas - seria necessário que a mãe ou o pai ingerissem diariamente, durante muitos anos, cerca de 650 gramas de álcool. Isto equivale a cerca de 20 litros de cerveja ou 12 garrafas de vinho por dia.
                  Faça amor conscientemente bebendo sempre com moderação.
Nicéas Romeo Zanchett 



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PACTO DE INFIDELIDADE



CAPITULO VI

PACTO DE INFIDELIDADE

                A infidelidade pode ser tolerada e até prevista em relações que se alimentam da liberdade total. São casamentos em que ser infiel é uma possibilidade previamente pactuada entre os parceiros. Ela é resultante de uma demonstração de sinceridade de um casal que opta pelo relacionamento aberto.
                No livro "O Silêncio Erótico da Mulher", a autora Dalma Heyn, afirma que a infidelidade faz bem e é um bom estímulo para casamentos em crise. Ela garante que o amante é um ótimo remédio para se recuperar a vitalidade perdida e o "eu sexual".
                 A infidelidade feminina está intimamente relacionada com a ascensão da mulher na sociedade. Com a luta pelos direitos iguais, muitas mulheres chegaram à conclusão de que trair também é um direito. Entretanto, não há possibilidade de postura libertário no casamento sem um mínimo de segurança psíquica. Isto implica também em independência financeira. Essa conquista do prazer e da individualidade não é nada fácil. Mais parece um via-crucis pontilhada por medo, remorso, pecado,vergonha, angústia e isolamento.
                A mulher tem sentimentos diferentes do homem. Em seus relacionamentos sempre valoriza a vinculação amorosa, onde a sexualidade acaba sendo um complemento. A grande maioria dos homens iniciam seus relacionamentos pelo sexo e não pela vinculação afetiva. Atualmente existem mulheres mais liberadas que começam a incorporar a sexualidade independente do amor.Na verdade elas estão tentando reproduzir ou imitar o modelo masculino, onde transar por transar é uma forma de afirmar sua liberdade sexual. Mas é preciso considerar que tanto do lado dos homens como das mulheres este modelo nunca é benéfico para o casamento.
                  Em pensamento, toda a mulher, algum dia, já foi infiel. Quando uma relação não está boa sempre surge a possibilidade que leva a mulher a considerar a infidelidade. Mas é preciso avaliar bem a situação e ver se vale a pena partir para outra forma de viver a sexualidade.
                 Os anos 60, década de "paz e amor", foi uma época de revoluções e todos queriam experimentar as mais diversas formas de vivência sexual. A prática mostrou que tais experiências não tiveram os resultados esperados. O ciúme é inerente ao ser humano e por isso sofremos muito ao ver ou saber que nosso parceiro ou parceira tem outra pessoa em sua vida.
                A infidelidade é mais aceita socialmente quando é do homem. A mulher, ao contrário, tende a se esconder para se proteger. Por outro lado, ela tem mais facilidade para tolerar a infidelidade de seu parceiro. Para a maioria dos homens um fato isolado de infidelidade não invalida o casamento, mas quando isso se torna rotina não há como suportar.
               É muito difícil administrar um casamento baseado na infidelidade consentida. A necessidade de sentir segurança ao lado de alguém que seja fiel está introjetada no "homo sapiens", no arcaísmo de ser humano.
               Um outro fator que deve nortear os sentimentos na hora de trair é a possibilidade de uma eventual transa se tornar uma paixão. Ela aparece subitamente, como uma sombra entre o casal. A paixão é entusiasmo, é sabor de vida e de morte. Além de fascinante é destruidora, como bem escreveu Shakespeare em Romeu & Julieta. O pior dos mundos é quando apenas um dos parceiros se paixona.
                No casamento tradicional é muito difícil negociar um espaço para relações amorosas paralelas de ambos os parceiros. A infidelidade acaba em crise e muitas vezes põe fim ao casamento.
                A infidelidade pode até reativar a vida sexual dos dois, mas não é recomendável porque pode destruir e transformar o amor em ódio.
                Mesmo com toda a liberdade conquistada pela mulher moderna, ela ainda está aprendendo a ser liberal. Ter coragem, contar a verdade e assumir a "escapulida", é tão conflitante como a vontade de ser infiel.
                Toda a mulher quer ser desejável e desejar, ser caça e ser caçadora do prazer. Sexo é uma coisa criativa, um talento que se tem de desenvolver para não ver morrer como aconteceu com nossos pais e avós. Em nossos dias, o adultério assume uma dimensão de habeas-corpus. A mulher já não aceita mais a tirania de ter de abdicar de sua sexualidade para ter tudo. Está esgotado o velho modelo de decência conjugal que subtraia da mulher e dava ao homem a autonomia do prazer e da individualidade.
                O homem precisa descer do pedestal que o colocava em primeiro plano e ocupar seu novo lugar ao lado da mulher que ama.
Nicéas Romeo Zanchett
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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

ORGASMO SIMULTÂNEO



CAPÍTULO VI

ORGASMO SIMULTÂNEO

                   Quando se fala em sexualidade os mitos estão sempre presentes. São mitos quanto ao desempenho, quanto á satisfação e quanto ao próprio desenvolvimento do ato sexual em si.
                   O orgasmo simultâneo é possível, embora raro, porque pressupõe a coincidência de ritmos diferentes, mas parece ser mais um desses objetivos que grande parte das pessoas procura sofregadamente atingir. Ele pode ocorrer quando menos se espera, num momento saudável de comunhão de corpos e espíritos.
                  O orgasmo simultâneo tem muito do ideal romântico de um casal. Entretanto, não se deve estabelecê-lo como se fosse uma meta obrigatória, fundamental e essencial para a felicidade.
                  Para o casal chegar ao clímax junto é preciso harmonia de movimentos entre os corpos. A excitação depende muito do visual e dos pensamentos de cada parceiro. O casal começa por se tocar mutuamente manipulando seus órgãos sexuais dando tempo para que os dois possam atingir o orgasmo simultâneo, mas mesmo assim o ritmo de um ou do outro pode ser diferente. Isto acontece porque cada um está envolvido com o próprio prazer e mutas vezes não consegue dar continuidade a um movimento que está dando prazer ao parceiro. O que se sabe é que na maioria das vezes acontecem orgasmo consecutivos e não simultâneos.
                  A harmonia de movimentos proporciona uma relação mais intensa, com os dois parceiros se curtindo em profundidade. É natural que cada um possua seu próprio objetivo de prazer, mas tudo deve acontecer como numa dança, onde um tem que estar ligado no que o outro vai fazer.
                  Sabemos que a mulher tem um ritmo de excitação mais lento do que o homem, mas isto não pode ser usado para camuflar algum problema mais sério como, por exemplo, o distanciamento do casal. Na medida em que se aprofunda a afinidade, com o conhecimento de um pelo outro, as barreiras vão sendo destruídas, inclusive as sexuais, colocando o casal em comunicação através de uma linguagem comum que ajuda a encontrar o melhor caminho para chegar juntos ao prazer do orgasmo.
                 Muitos homens, impulsionados pelo fator cultural, acham que devem sempre perseguir o ideal do orgasmo simultâneo. Na cama, muitas vezes apenas para impressionar, quando sentem que vão gozar e a parceira ainda está a caminho, começa a desviar a atenção para outras coisas. Essa distorção acaba prejudicando todo o prazer espontâneo que ele poderia tirar da relação.
                 Os estudiosos Masters & Johnson estabeleceram quatro fases para o ato sexual: a excitação, o platô, o orgasmo e a resolução. O orgasmo simultâneo pode ocorrer quando os dois percorrem as fases de excitação e platô em igual tempo e caminham juntos para a etapa subseqüente num só nível de prazer. Mas, na maioria das vezes, um acaba tendo orgasmo antes, o que ajuda provocar o orgasmo do outro. A visão do parceiro entrando em clímax é muito excitante e a participação no orgasmo de quem chegou primeiro é um gatilho para se alcançar o próprio orgasmo. Quando o homem chega primeiro ao orgasmo, que é o que geralmente acontece, a mulher pode se concentrar nas pulsações do pênis dentro de sua vagina e também na sensação do esperma sendo liberado e então chagar lá, quase juntos. Da mesma forma, o homem, quando sua parceira já teve orgasmo, pode se concentrar nas contrações espasmódicas dos músculos em volta da vagina comprimindo e relaxando e, com movimentos do seu próprio pênis, neste momento, conseguir maior excitação e chegar ao orgasmo em seguida.
                   O momento exato do orgasmo sempre traz uma espécie de perda de consciência por alguns segundos e por isso acabam não curtindo juntos. Nessa condição, cada um acaba esquecendo-se do outro, mesmo que por poucos segundos, para só então se reencontrarem conscientemente.
                   Muitos casais pensam que estão tendo orgasmos simultâneos, mas na verdade são orgasmos consecutivos.
                  Fazer sexo é um ato de amor e por isso deve ser feito sem nenhuma pressa. As preliminares são indispensáveis, pois preparam os dois para ter um "gran-finale".
                  Alguns homens, por ignorância ou machismo, sequer percebem que o que tem a seu lado é uma mulher e não um objeto que deve ser levado a alguma realização . Nessas circunstâncias, o orgasmo nunca é pleno e satisfatório.
Nicéas Romeo Zanchett 

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INPOTÊNCIA PSICOGÊNICA



CAPITULO V

IMPOTÊNCIA PSICOGÊNICA

                    Muitos são os fatores psíquicos que afetam o funcionamento sexual. A impotência psicogênica, como o próprio nome indica, também tem sua origem no psiquismo. Pode estar associada à infância como, por exemplo, numa educação mal conduzida ou até nos relacionamentos com os pais. São traumas psicológicos que vão desde os distúrbios do humor (distimias), neuroses, toxicomanias, alcoolismo, psicoses e depressão. As causas podem ser muito diversificadas, mas podemos destacar os casos de rigidez na educação, sentimentos de culpa - entre eles o tabu da masturbação e o relacionamento com os pais-, traumas oriundos das primeiras relações sexuais entre outros. Em todos os casos é necessário uma boa avaliação onde, para um diagnóstico seguro e preciso, psicólogo e andrologista habilitados trabalham juntos no acompanhamento psicoterápico do paciente.
                 Esta forma de impotência pode ser primária ou secundária. É "primária" quando, do ponto de vista orgânico, não existe nada que determine a disfunção, e é "secundária" quando a conseqüência de um problema orgânico é agravada pelo temor do fracasso no desempenho sexual.
                 Em função da ansiedade, o paciente aumenta os níveis de adrenalina circulante, que provoca vasodilatação, diminuindo o fluxo de sangue para o pênis. A perda da rigidez da ereção gera mais ansiedade e, conseqüentemente, mais adrenalina que, por sua vez, gera mais vasodilatação, causando um círculo vicioso e sem saída paua o doente.
                A impotência psicogênica primária, geralmente responde bem aos tratamentos psicoterápicos, enquanto na secundária pode haver dificuldade quando o paciente se revela mais rebelde em aceitar a psicoterapia.
                Como as causas gerais são sempre situações de ansiedade, os problemas decorrentes se dão a nível emocional, não psiquiátrico.
                 Nenhuma doença psiquiátrica é obrigatoriamente causa de impotência, mas todas elas podem levar à impotência. Dai a importância de se buscar logo a ajuda de um profissional habilitado.
                 Um caso visível de impotência psicogênica, sem causa orgânica definida, é a ejaculação precoce. O paciente ejacula rapidamente - muitas vezes até antes da penetração - criando uma enorme ansiedade e medo da perde da ereção, acelerando todo o processo de dificuldade no sistema vasodilatador do pênis. É bom lembrar que a ejaculação precoce já não é mais um "bicho papão", pois 70% a 80% dos pacientes são curáveis com tratamento associado entre psicoterapia e medicação. O mais importante, em todos os casos de impotência psicogênica, é perseverar no tratamento. Mesmo para situações mais graves a andrologia moderna poderá oferecer uma saída. É sempre bom lembrar que a ciência está muito avançada e apta a oferecer reais perspectivas de solução para esse mal que tanto aflige os homens. Também é bom lembrar que jamais se deve tomar qualquer medicamento sem orientação médica, pois pode agravar e até causar efeitos colaterais imprevisíveis. É recomendável que o homem realize anualmente um check-up do sistema genitossexual como preventivo da impotência.
               O único caminho que o impotente não deve seguir é o da desesperança. Portanto, confie no seu médico e volte a ter uma vida sexual feliz.
Nicéas Romeo Zanchett
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terça-feira, 20 de setembro de 2011

EJACULAÇÃO FEMININA



CAPITULO IV

EJACULAÇÃO FEMININA

                      Até pouco tempo, para muitas mulheres, a finalidade do sexo limitava-se à reprodução. Hoje são muitas as que tem ótimos orgasmos e encontram plena satisfação no sexo, mais ainda desconhecem a ejaculação feminina.
                    O desconhecimento se manteve por longo tempo depois que a dupla Masters & Johnson, erradamente, informaram a inexistência desse maravilhoso fenômeno na vida sexual das mulheres. Também o Relatório Kinsey avalizou esse erro dizendo: "Em virtude do fato de na mulher a glândula prostática e as vesículas seminais não passarem de estruturas rudimentares, ela não pode ejacular". A partir de então nossa contemporaneidade simplesmente passou a rotular o assunto como fantasia pornográfica masculina.
                   A ejaculação feminina existe e está ao alcance de todas. Mas, nos últimos 300 anos, especialmente no ocidente, sempre foi taxativamente negada.
                   Ninguém pode ainda precisar com justeza que tipo de raciocínio lastreou a negação da ejaculação feminina. Acredita-se que nossa educação higiênica é a principal razão da repressão deste prazer, por tanto tempo, nos conceitos sexuais vigentes no mundo ocidental. Foi uma lenta e progressiva lavagem cerebral, com fundamentos higiênicos, que levaram às mulheres a reprimir um dom fundamental de sua natureza biológica.
                   Se consultarmos a literatura da antiguidade ou estudarmos a vida em países asiáticos e africanos, ditos primitivos, seremos conduzidos a concluir que havia mais do que simples especulação ou perversão na tão propalada ejaculação feminina. O Kamasutra - livro indiano da arte do amor -divulgado por volta do ano 500 d.c., pelo filósofo Watsjajana, fala da existência das "chuvas femininas". Hipócrates, o pai da medicina, referiu-se ao esperma masculino como sendo "mais espesso", enquanto o feminino era mais "fraco e ralo". Aristóteles observou que a quantidade de ejaculado feminino era de longe superior à do masculino.
                   Em 1978, no Journal Of Sex Reserch, foi publicado um artigo da dupla de estudiosos Sevely e Bennett, onde eles creditam a questões semânticas o banimento da ejaculação feminina. Segundo eles, na antiguidade a palavra semem designava a semente do ejaculado dos dois sexos, pois acreditava-se que ambas as secreções continham os germes fundamentais para a geração de uma nova vida. Quando o microscópio revelou que apenas a secreção masculina continha elementos fecundadores - espermatozoides -, o termo antes utilizado para o jorro orgástico passou a ser considerado exclusivamente masculino. O fluído feminino, despossuído de importância fecundativa, foi relegado ao esquecimento. A partir de então os fluidos femininos passaram a ser considerados unicamente para fins de prazer sexual e a ciência desinteressou-se em descrever sobre um fluido que não servia para garantir a perpetuação da espécie.
                   O primeiro pesquisador contemporâneo a chamar a atenção para o fenômeno foi o alemão Ernst Grafenberg que em 1950 escrevia: "...algumas mulheres expelem pela uretra grande quantidade de fluido claro durante o orgasmo." Graças a este pesquisador, a humanidade também descobria a zona erógena intravaginal que, em sua homenagem, recebeu o nome de Ponto G. Já no século 2 de nossa era, o médico romano Galeno chamou essa região de próstata feminina.
                   O Ponto G está indissociavelmente vinculado ao fenômeno da ejaculação. O estudo conduzido por Savely e Bennett afirma: "As mulheres ejaculam, e a fonte dessa ejaculação é a próstata feminina - esponja uretral -, um sistema de glândulas e dutos situado na periferia da uretra, e que se desenvolve de forma peculiar, a partir do mesmo tecido embriológico que compõe a próstata do homem.
                  O tamanho e local exato do Ponto G - esponja uretral - tem algumas variações de mulher para mulher. Ao contrário do clitóris, que salta do tecido circundante, o Ponto G fica na profundeza da parede vaginal e freqüentemente se torna necessário uma forte pressão para detectá-lo em seu estado não estimulado. Quando esta região é estimulada, em decorrência de orgasmos intensos - que diferem, em sua essência, do orgasmo obtido a partir da estimulação do clitóris - a mulher é presenteada com um grande prazer sexual, que se faz acompanhar da emissão de líquido, exatamente como ocorre com o homem. Esse líquido, ao contrário do que muitos pensam, não tem a finalidade de lubrificação da vagina, são secreções produzidas pelas glândulas de Skene, que ocorre durante o apogeu do orgasmo. Algumas mulheres, que desconhecem esse fato, ficam em pânico e estupefatas pela quantidade de líquido expelido. Chegam a sentir, erroneamente, até vergonha ao ver o lençol da cama molhado, imaginando que as emissões seminais sejam urina. Alguns homens, por ignorância, demonstram sentimento de nojo. Trata-se simplesmente do experimento de um orgasmo integral com ejaculação, que não é comum. Com conhecimento e experiência, a ejaculação pode passar a fazer parte rotineira na vida de uma mulher e, assim tornar o ato sexual mais prazeroso.
               Os desencontros e equívocos, motivados pela falta de conhecimento sobre este fenômeno, podem levar a mulher à clínica urológica em busca de tratamento para incontinência urinária. É preciso ficar atenta para não incorrer em erro, pois a medicina já provou que, assim como é fisiologicamente impossível ao homem urinar durante a ejaculação, também a mulher é dotada de mecanismos biológicos que impedem tal ocorrência. Os desarranjos funcionais da bexiga podem até existir, mas são raríssimos. Outro fato de prova cabal é que, embora ambos os fluidos sejam expelidos pela uretra, cada um deles possui sua própria composição química. Essa composição são mancha os lençóis, é transparente ou vagamente opaca e cujo cheiro nada tem a ver com urina. Em grande parte, ela se compõe das seguintes substâncias: ácido prostático (enzima que se acreditava apenas fosse produzida pela próstata masculina), glicose, ureia e cratina. As três últimas também são encontradas na urina, mas em quantidades muito maiores.
               O fato de a mulher ejacular só tende a aumentar o prazer mútuo, garantindo ao homem a certeza adicional de uma excelente performance.
                Assim como acontece com o homem, o volume do material ejaculado varia de mulher para mulher. Também a quantidade de líquido é instável numa mesma mulher e pode se manifestar sob a forma de uma torrente ou de um simples e contínuo vazamento. Alguns estudiosos já conseguiram colher 250 ml de ejaculado por uma única mulher, em experiência controlada de laboratório. Tal como acontece com o homem, a quantidade depende do número de vezes que a mulher ejacula num determinado período.
                A ejaculação feminina é o coroamento de uma experiência sensual e erótica de grande intensidade que pode ser conseguida por todas. A mulher nunca deve esquecer que foi dotada, pela natureza, do sensibilíssimo Ponto G. Fazendo sexo sem pressa e bem estimulado, pode-se garantir rios de prazer para ambos os parceiros.
Nicéas Romeo Zanchett 
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domingo, 18 de setembro de 2011

QUANDO ESCONDEMOS O PASSADO



CAPÍTULO III

QUANDO ESCONDEMOS O PASSADO

                  Esconder o passado exige um fôlego de gato e muita persistência. A pessoa tem que ficar o tempo todo atenta, manipulando informações a seu favor e vive com medo de ser descoberta. Prender-se a velhos problemas e situações é um exercício exaustivo, irritante e profundamente solitário. É preciso encontrar um meio de livrar-se da mentira para não ter de carregar esse peso a vida toda.
                 Muitas pessoas vivem algum tipo de drama familiar e sempre ficaram caladas porque lhes ensinaram que era feio e muito constrangedor para ser revelado.
                 Existem exércitos de pessoas que escondem o passado porque foi realmente traumático. São muito comuns os casos que envolvem o alcoolismo, doença mental e até algum tipo de perversão sexual na família. São incontáveis os casos onde os hoje adultos consideram "vergonhosas" certas particularidades que, durante a infância, as faziam se sentir diferentes das outras criaturas. Isto pode ser tanto em relação ao desenvolvimento sexual como a vida comum do dia a dia familiar. Coisas como pais analfabetos ou hábitos excêntricos como, por exemplo:        frequentar uma seita ou religião considerada estranha pelos vizinhos e amigos.                       Praticamente todos nós, se procurarmos bem, somos capazes de "desenterrar" algum episódio de nossa história pessoal ou familiar que provoca arrepios só de pensar. Quando as lembramos são humilhantes demais ou se chocam com a nossa imagem de adulto. É como se o eterno sentimento de vergonha nos perseguisse. Os sucessos e alegrias da vida se tornam insignificantes diante da constante ameaça de humilhação.
                  Em nossos dias, os paparazzis vivem da busca de segredos das celebridades para expô-las ao ridículo. As revistas e jornais de fofocas tem permanente sucesso porque precisamos nos comparar a alguém importante para sofrer menos com os nossos segredos inconfessáveis.
                   Entre as celebridades que escondem segredos familiares, o mais surpreendente que conheço foi o da atriz Merle Oberon que em 1940 atuou no filme "Morro dos Ventos Uivantes". Na época, Hollywood era extremamente conservadora e a atriz, por medo, passou a vida toda escondendo a origem de sua beleza exótica e sensual. Ela mentiu dizendo que era de uma família originária da Tasmânia e que fora educada nos melhores colégios da Europa. A verdade só apareceu em 1979, depois de sua morte: ela tinha nascido em Bombaim, na Índia, filha de mãe muito pobre e mestiça. Este fato e a permanente luta para esconder a mãe fizeram-na sofrer muito. Inúmeras vezes a atriz fez a mãe se passar por sua empregada doméstica.
                No best seller "Mommie Dearest" (Mãezinha querida), a escritora Christina Crawford, filha da atriz Joan Cawford, desmistificou a imagem da mãe feliz e dedicada de Joan. Ela disse: "Tínhamos tudo: dinheiro, presentes, uma mãe bonita, famosa e estrela de cinema" e continua contando sobre a realidade da mãe alcoólatra, cruel e sádica em relação aos filhos. Mas esta verdade só foi trazida à tona pela filha depois da morte da atriz.
                Segredos familiares não são exclusividade dos ricos e famosos. Para preservar uma imagem profissional, muitas vezes duramente conquistada, qualquer pessoa ao seu lado pode estar escondendo fatos do passado que, no seu julgamento, podem comprometer sua carreia e imagem.
                As experiências passadas podem gerar um sentimento de vergonha e de falta de autoestima. As pessoas crescem estabelecendo padrões para si mesmas e se sentem rejeitadas quando não se encaixam neles. Mesmo que sejam bem sucedidas e aceitas, vivem sobressaltadas com o medo de serem descobertas e rejeitadas pelo grupo social onde vivem. Muitas vezes o enredo criado acaba levando a um isolamento tão doloroso ou até mais do que a própria rejeição. Apesar da segurança ilusória que esta tática proporciona, recriar uma biografia é muito arriscado e doloroso. Quem vive assim está em permanente medo só de pensar que, a qualquer momento e de forma humilhante, seus segredos sejam desmascarados.
               Para livrar-se desta permanente angústia é preciso coragem, abrir o jogo e contar tudo. O resultado pode ser imprevisível, mas é melhor do que passar a vida toda sofrendo. Entretanto não se pode sair por aí contando o passado a todos que encontra. Ao longo da vida aprendemos conhecer as pessoas que nos são sinceras e amigas de verdade. Elas podem ser o porto seguro que precisamos para desabafar.
                Chega um momento na vida que precisamos enfrentar as nossas emoções que estamos acostumados a negar. Na verdade, temos vergonha de admitir a nossa própria vergonha. Mas, sem reconhecer o quanto nos sentimos humilhados por dramas amorosos, profissionais ou familiares, jamais conseguiremos nos livrar deles. A vergonha faz parte do nosso repertório de emoções e é tão legítima quanto a raiva ou alegria. 
               O peso fica mais leve quando compartilhamos nossos segredos com alguém. Este é um dos passos mais importantes para sua liberação. O simples fato de falar já é uma forma de desmistificar um segredo mantido a sete chaves. Se você tem um amigo verdadeiro ele vai ouvir suas revelações com simpatia e até admiração pela sua coragem. Mas é preciso saber escolher bem seu confidente. Procure alguém que possa ouvir com interesse em lhe dar apoio. Todos temos alguém em quem podemos confiar. Acredite, mesmo no mundo de hoje, existem pessoas boas e sinceras.
                Uma outra forma de se autoajudar pode ser fazendo uma terapia em grupo. Além de ajudar resolver seus conflitos, vai conhecer pessoas que passam pelas mesmas experiências - ou até piores que a sua. Descobrirá que seu caso não é tão terrível e que não está tão mal quanto pensava.
                 A vida pode ser bela, mas também pode ser um tormento. Não se pode ser feliz transformando-a numa grande mentira. Quanto antes encontramos o verdadeiro eu que temos dentro de nós, mais cedo seremos felizes.
Nicéas Romeo Zanchett 
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A QUÍMICA DO SEXO - CAPÍTULO II



CAPÍTULO II

A QUÍMICA DO SEXO

                 " A anatomia dita o destino."Esta frase de Freud é uma verdade incontestável. Com ela o velho sábio queria nos explicar que todos nós, homens e mulheres, somos dependentes da nossa fisiologia; que tendências e propensões inatas tinham efeito sobre nosso comportamento e que essas propriedades eram diferentes em cada um dos sexos.
                 Durante muito tempo diversas teorias procuraram demonstrar que Freud estava enganado. Elas afirmavam que demonstrações de "masculinidade" ou "feminilidade" acontecem devido a um treinamento que nos é imposto. Até se dizia que um garoto criado no meio só de mulheres teria comportamento afeminado.
                 As pesquisas mais recentes sobre os hormônios do sexo estão indicando, mais uma vez, que Freud tinha razão. Esses estudos definem o verdadeiro papel dos hormônios do sexo: eles não apenas determinam a diferenciação dos órgãos sexuais (masculinos ou femininos), mas também programam o cérebro durante o desenvolvimento do feto, para que o futuro ser venha a demonstrar um comportamento masculino ou feminino, independente da formação do seu órgão sexual.
                 Os principais hormônios do sexo são segregados nos testículos do homem (testosterona) ou nos ovários da mulher (progesterona e estrógeno). As glândulas suprarrenais também segregam hormônios do sexo, inclusive pequenas quantidades de testosterona e de androstenediona (outro hormônio masculino), assim como uma série de outros hormônios importantes: cortisol, cortisona e adrenalina.
                A verdade é que ambos os sexos produzem também hormônios do sexo oposto. Assim como o poderoso "beta-estadiol" (hormônio típico feminino) pode ser encontrado na corrente sanguínea dos homens, também a testosterona (hormônio tipicamente masculino) pode ser encontrado na corrente sanguínea das mulheres. O que determina o comportamento de homem não é a ausência de estrógeno, mas sim o elevado nível de testosterona que anula os efeitos dos hormônios femininos. Da mesma forma o comportamento tipicamente feminino é devido à prevalência de progesterona e estrógeno que anulam a quantidade de testosterona presente naquele ser.
                Tanto nos homens como nas mulheres é a testosterona que parece ser o hormônio que tem maior influência sobre o instinto sexual. Pode até parecer absurdo que seja uma hormônio masculino o responsável pelo instinto sexual das mulheres, mas a verdade é que várias pesquisas levam a essa conclusão.
                 Por muito tempo se pensou que o comportamento sexual tivesse razões meramente genéticas. Isto é: o macho age como macho porque é geneticamente um macho. Os estudos dos hormônios indicam que não é bem assim.
                A importância dos hormônios do sexo não se limita ao período em que atinge a puberdade. As pesquisas demonstram que os hormônios sexuais estão presentes no corpo desde o período do desenvolvimento pré-natal. As quantidades nas quais eles aparecem no útero são fundamentais não apenas para diferenciação do sexo (isto é, para produzir um menino ou menina), mas também para a diferenciação dos tecidos do centro do sistema nervoso, que regulará o comportamento masculino ou feminino durante a vida adulta. São exatamente essas quantidades que quando estão em desequilíbrio irão produzir um homem com comportamento feminino ou uma mulher com comportamento masculino.
                Com base em estudos, alguns cientistas levantaram a hipótese de que a homossexualidade nos homens estaria ligada a um suprimento inadequado de testosterona no período da gravidez da mãe, quando os tecidos do cérebro estão se programando para diferenciar o comportamento sexual. Os estudos concluíram, por exemplo, que um grupo de homens homossexuais tinha baixa quantidade de testosterona na urina, em comparação com um grupo de homens heterossexuais. Concluiu-se também que um grupo de lésbicas tinha um teor muito elevado de testosterona na urina, em comparação com um grupo de mulheres heterossexuais.
                 Em nossos dias tornou-se moda o uso de hormônios em tratamentos. É preciso tomar muito cuidado. Muitas mulheres os usam para rejuvenescimento, mas se estiver em estado de gestação podem até masculinizar fetos femininos. Somente um bom médico pode diagnosticar a dosagem e a escolha dos hormônios com menor ação masculinizantes. Hoje médicos especialistas podem praticar a hormonoterapia com tranqüilidade, pois tem à sua disposição vastos estudos à respeito deste poderoso instrumento chamado hormônio. Jamais se deve utilizar este tipo de tratamento sem o acompanhamento de um médico de confiança. 
                 O avanço da ciência neste campo trouxe consigo profundas mudanças na vida das pessoas. Parece que estão surgindo novos tipos de homens e mulheres. A química do sexo é poderosa e pode alterar a forma de vida sexual, mas o ideal é deixar que a natureza cumpra o seu papel. Os hormônios podem ser aumentados naturalmente com estímulos da vida ambiente. Fazer sexo constantemente é uma forma de estimular o aumento na produção de hormônios.
Nicéas Romeo Zanchett 
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AMOR ENTRE AMIGAS

CAPÍTULO I

AMOR ENTRE AMIGAS

                O amor entre mulheres deixou de ser um tabu que só víamos em filmes como "Instinto Selvagem", "Diário Roubado", "Quando a Noite Cai" e outros.
                Cada vez mais as mulheres com preferências por parceiras do mesmo sexo são vistas com naturalidade. Há canais liberadores da vida social que permitem a manifestação mais livre desta preferência amorosa. Vivemos num clima em que é preconceituoso ter preconceito. Entretanto, ainda existe muita pressão da sociedade contra as preferências homossexuais.
                 Os homens podem até admitir duas mulheres juntas, mas quase sempre há um ponto de vista machista. Acostumados a não dar muita importância aos sentimentos de suas parceiras, eles não levam a sério suas preferências amorosas.
                Hoje a postura das mulheres que amam outras mulheres é bem diferente das gerações passadas. Já não há mais a necessidade de mostrar socialmente uma identificação com modos masculinos. A fêmea masculinizada, de sapato baixo, bermudão e cabelo curto, não tem mais atrativo. Em resumo, a mulher não precisa mais de diferenciação para viver plenamente sua sexualidade preferida.
                Ao invés de tentarem se assemelhar aos homens, elas estão procurando uma imagem mais feminina. Há mulheres bissexuais super femininas que vivem uma vida dupla e ninguém desconfia.
                 As relações entre os diferentes sexos está confusa porque ainda não se estabeleceram, como deve ser, dentro do modelo familiar. Por maior que sejam os esforços, as histórias de amor entre mulheres ainda encontram dificuldades para aceitação da família e isto cria um desnecessário sofrimento.
                 A mídia gosta muito de criar clichês, mas no cinema e na TV as relações amistosas de duas mulheres é fator de sucesso em qualquer drama. A série "I love Lucy" agradou a milhões de telespectadores em mais de 80 países. A série "Miss Marple" fez grande sucesso mostrando as peripécias da heroína e suas amigas do sexo feminino.
                Muitas mulheres, casadas e com filhos, de repente descobrem uma paixão pela amiga. Na verdade sempre tiveram atração pelo mesmo sexo, mas nunca haviam se permitido manifestá-la. Era um preferência sufocada de uma mulher que teve maior resistência interna em aceitar a própria sexualidade. Para elas o interesse do sexo é o gozo do amor e da harmonia. Há muitas relações quase platônicas no universo feminino, onde o que conta mesmo é a companhia, a atenção e a presença.
                Os adolescentes atuais, embora tenham conflitos com os pais, têm menos problemas para definir uma identidade sexual. Entretanto, a busca da família pela psicanálise costuma ser pela "cura", mas os terapeutas trabalham pela definição da identidade sexual do adolescente.
                Dificilmente um homem, heterossexual de meia idade, que estivesse carente, procuraria outro homem. Já as mulheres convivem melhor com a ambiguidade, transitam por relações amorosas com muito mais facilidade.
                 Para a maioria das mulheres ainda é difícil revelar publicamente sua homossexualidade ou bissexualidade. Há muito medo de ser segregada pela família ou até de perder o emprego. O maior conflito das mulheres é o da auto-imagem social. A maioria simplesmente finge que vive bem com o marido para iludir e superar os preconceitos sociais. Muitas assumem sua condição bissexual imaginando com isso livrar-se do estigma, mas, mesmo velado, ele continuará presente. O preconceito é o que mais causa angústia no momento de assumir sua própria sexualidade.
                 O que é realmente importante na vida é a felicidade. Podemos ser felizes ou apenas estarmos felizes, e o amor é sempre o ingrediente vital e indispensável. Ser feliz é viver um estado de felicidade fazendo aquilo que lhe permite prazer e bem estar; estar feliz é viver um momento de felicidade: uma nova paixão, um novo carro, uma casa confortável, uma viagem agradável, o nascimento de um filho, um noivado, um casamento e assim por diante. Mas, em todas as situações, o amor sempre está presente de alguma forma. Entretanto, a felicidade nunca é plena e perene; precisa continuamente ser renovada.
                  Portanto, vá em frente e viva suas verdadeiras paixões sem se preocupar com a opinião dos outros.
Nicéas Romeo Zanchett 
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