CAPITULO VII
O ÁLCOOL E O SEXO
Os falsos deprimidos muitas vezes escondem dependentes de álcool que camuflam seu alcoolismo pela necessidade de um estímulo à boa performance. Na verdade, não é nada conveniente misturar-se o álcool ao sexo. Além do estratagema, pode manter uma distância entre o casal de amantes. O parceiro alcoolizado jamais se revela por inteiro; faz amor dopado e sem usufruir conscientemente a plenitude da relação. Além disso o alcoolismo pode levar à impotência.
O álcool é o estimulante mais antigo e divulgado. Ingerido em demasia torna impossível a concentração psíquica necessária à consumação do ato sexual. Em pequenas doses atua sobre o sistema nervoso central e o vegetativo dilatando os vasos sanguíneos. Ele deprime certos centros encefálicos, determinando assim um efeito desinibitório. Sua ação erógena vem daí. Absorvido em quantidades normais elimina, em ambos os sexos, as inibições psíquicas e mentais além de fomentar, pela dilatação dos vasos sanguíneos, a congestão das zonas sexuais excitáveis. Dessa forma o álcool aumenta o apetite sexual. Quando bebido com moderação, produz a congestão do órgão sexual masculino e com isso sua ereção. Entretanto, quanto mais se eleva o nível de álcool no sangue, tanto mais avesso ele se torna ao amor sexual. O álcool em demasia na corrente sanguínea torna impossível a concentração psíquica necessária à consumação do ato sexual. As pessoas alcoolizadas, em meio às relações amorosas, adormecem facilmente.
Não há qualquer fundamento científico na afirmação de que crianças deformadas, física e mentalmente, são produtos de relações sexuais em estado de embriaguez. Para que aconteça a blastofteria - alteração hereditária dos genes que causa o nascimento de crianças heredopatológicas - seria necessário que a mãe ou o pai ingerissem diariamente, durante muitos anos, cerca de 650 gramas de álcool. Isto equivale a cerca de 20 litros de cerveja ou 12 garrafas de vinho por dia.
Faça amor conscientemente bebendo sempre com moderação.
Nicéas Romeo Zanchett
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